O desejo de prosperidade
espiritual
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os
que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo
a carne, mas segundo o espírito.” – Paulo
(Romanos 8:1.)
Num certo momento, estando na espiritualidade,
tomamos consciência de que somos herdeiros de
nós mesmos e que a perfeição procurada depende
única e exclusivamente dos nossos esforços, no
âmbito do código divino em que estamos
inseridos.
Ante essa insofismável constatação, e no afã de
promovermos a nossa prosperidade espiritual,
lançamos apelos aos benfeitores da humanidade
para que possibilitassem recursos e
oportunidades, permitindo-nos lograr o êxito da
melhoria íntima, criando plataforma segura para
a felicidade futura.
Assim, abriram-se as portas da nova e presente
encarnação e aqui estamos, munidos de mecanismos
e de uma gama imensurável de chances concretas
que pululam ao nosso redor, totalmente
disponíveis, esperando apenas a nossa boa
vontade e real interesse em aproveitá-las,
visando à evolução espiritual que ansiamos.
A sociedade que nos acolhe é um imenso campo de
trabalho onde a “seara é grande e os
trabalhadores são poucos” (Jesus - Lucas 10: 1,
2). Basta um olhar atento ao nosso redor e, de
imediato, identificaremos sem muito esforço o
panorama de serviços que carece de mãos firmes e
desejos férreos em executá-lo. Ao nos
candidatarmos, como trabalhadores sinceros
despidos de interesses pessoais e revestidos de
real amor e consideração pelo próximo, estaremos
ampliando o leque das nossas conquistas
espirituais.
A paz e a serenidade que arduamente queremos
nascerá, incontestavelmente, da paz e da
serenidade que plantarmos nos corações alheios,
pois que ninguém conseguirá, por mais que tente,
ser feliz sozinho.
Observemos, atentamente, como estamos conduzindo
os nossos dias aqui na Terra. Lembremos que em
um momento, na espiritualidade, diante da nossa
acanhada posição evolutiva, pedimos aos amigos
espirituais que avalizassem uma nova
oportunidade reencarnatória, e eles, com denodo
e consideração, confiaram nas propostas que
apresentamos. Então, seria uma ingratidão não
aproveitar esta oportunidade agora, além de,
obviamente, arcar com o prejuízo creditado a nós
mesmos.
Analisemos, maduramente, como está o nosso grau
de vaidade. Será que estamos dando mais ênfase
às conquistas materiais do que às espirituais?
As coisas do mundo têm sim o seu significado e
importância, desde que sirvam de base para que
logremos o sucesso espiritual; preferir as
primeiras em detrimento das segundas será abrir
caminho para o fracasso.
Procuremos refletir sobre o aproveitamento do
nosso tempo, sobre a intensidade da paciência
que usamos; sobre a dimensão da fraternidade que
colocamos em prática; sobre a caridade
desenvolvida em direção daqueles que caminham
conosco; sobre o perdão que beneficia tanto quem
ofende como quem é ofendido; sobre a humildade
e a simplicidade que tornam a vida menos
complicada e mais sensível; sobre o egoísmo e o
orgulho - essas terríveis chagas que têm feito
correr rios de sangue e lágrimas e feito crescer
montanhas de ódio e de ressentimentos; sobre a
resignação e a tolerância, vias indispensáveis
para o bom e eficaz relacionamento entre as
criaturas.
No mundo espiritual, um dia, no passado, com a
visão mais clara e ampliada, vislumbramos o
caminho que nos levaria ao objetivo planejado;
agora, estando na Terra, como havíamos
solicitado, não permitamos, mesmo que nos custem
renúncias e sacrifícios, que o nosso olhar se
perca nos labirintos enganosos das ilusões e das
fantasias tão numerosas e atraentes da
atualidade.
Mantenhamos a nossa meta, pois que a matéria é
transitória e o Espírito é eterno.
Reflitamos...