Tempo e serviço
Terminando as tarefas de cada dia, podes, perfeitamente,
efetuar o balanço das próprias horas.
Tempo de higiene. Conheceste os mais finos produtos da
assepsia necessária ao teu conforto.
Tempo de lanche. Conheceste o café mais saboroso ou o
leite mais puro.
Tempo de dever. Conheceste os melhores cálculos e as
técnicas mais justas, valorizando o próprio interesse ou
mecanizando as próprias atividades.
Tempo de refeição. Conheceste os acepipes mais
agradáveis ao paladar.
Tempo de conversa. Conheceste pessoas e problemas,
assuntos e comentários, convites e propostas que, ainda
agora, te batem mentalmente às portas do espírito.
Tempo de distração. Conheceste passeios e
entretenimentos diversos.
Tempo de leitura. Conheceste noticiários e livros,
escolhendo reportagens e autores que mais te alimentem
as emoções.
Tempo de repouso. Conheceste os mais adequados processos
de descansar, preferindo leitos ou poltronas, redes
generosas ou bancos acolhedores ao ar livre.
Conheceste, assim, algo de tudo o que representa
conforto e segurança, rotina e convenção no caminho
diário. Entretanto, fazendo o inventário de teus
impulsos e palavras, movimentos e ações, recorda que a
Lei Divina te conhece igualmente.
Não por teu nome, nem pelo espaço que ocupas.
Não por teu título, nem pelos direitos que te competem.
Não por tua crença religiosa, nem pelo consolo que ela
te dá.
Não pela extensão dos teus dias, nem por teu grupo
doméstico.
Na Esfera Superior és visto pelo que fazes.
O auxílio que prestas ao bem dos outros é nota de
crédito em tua ficha.
E como a Divina Bondade te deixa livre para fazer o bem
como queiras, onde queiras e quando queiras, depende de
ti limitar o repouso, olvidar o que seja inútil e evitar
o que prejudica, a fim de atenderes, em regime de ação
constante, ao serviço do bem, e seres assim mais
amplamente conhecido e naturalmente credenciado diante
da Lei de Deus.
Do livro Religião dos Espíritos,
obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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