Joias da poesia
contemporânea

Espírito: João de Deus

 

Bondade
 

Vê-se a miséria desditosa

Perambulando numa praça,

Sob o seu manto de desgraça

Clama o infortúnio abrasador.

 

Eis que a Fortuna se lhe esconde;

E passa o gozo, muito ao largo;

E ela chora, ao gosto amargo,

O seu destino, a sua dor.

 

Mas eis que alguém a reconforta:

É a Bondade. Abre-lhe a porta;

E a fada, à luz dessa manhã,

 

Diz-lhe, a sorrir: — Tens frio e fome?

Pouco te importe qual meu nome,

Chega-te a mim: sou tua irmã.

 

Da obra Parnaso de Além-Túmulo, livro psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita