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por Nilton Moreira

 

Revidar às ofensas

A evolução nossa no Planeta é individual. Não adianta desejarmos que pessoa que queremos bem evolua na mesma proporção que a nossa, pois nem todos pensam igual a nós e nem todos têm o mesmo equilíbrio emocional que o nosso e principalmente há muitos que não se preocupam em evoluir mediante perseverança.

É comum ao recebermos ofensa revidarmos na mesma proporção, afinal, existe o ditado “desaforo não se leva pra casa”, mas, também, sempre que revidamos a alguma má atitude, acabamos nos sentindo mal e às vezes caímos em arrependimento, principalmente se somos pessoa que não gostamos de praticar o mal.

Para outrem não interessa se somos do bem ou capaz de praticar alguma maldade, interessa sim que mereçamos sempre ser ofendidos. Tem gente que não mede as palavras e está sempre pronta a “armar um barraco”, não se importando com as consequências.

As novelas estão aí para ensinar com propriedade de como nos conduzir num confronto de ofensas, e poucas são as que esclarecem o que não devemos fazer, afinal, “armação de barraco” rende mais ibope.

Nesta semana, no encontro de Evangelho no Lar, conversamos sobre o assunto de ser ofendido e se devemos revidar. De fato, o primeiro momento é o de defender-se devolvendo a agressão na “mesma moeda”, o que causa certo conforto, pois não ficamos com a ofensa entalada, mas, para o nosso organismo essa atitude não é boa, pois mergulhamos numa energia negativa.

Mas, então, fazer o quê? Bom, é difícil manter o equilíbrio num momento de ofensas, mas é preciso, pois do contrário estaremos nos igualando ao nosso agressor. Devemos então nos perguntar rapidamente: o que Jesus faria em tal situação? A resposta pode até não ser a que gostaríamos, mas certamente vai ser a correta.

Pensando bem, o que importa o que o outro vai pensar ou sair dizendo por aí? O que importará mesmo é a nossa atitude! Podemos até perder no embate, mas será que não ganhamos analisando sob o ponto de vista de equilíbrio evolutivo?

Claro que estamos longe de ter a paz do Mestre, mas podemos diante de situações difíceis tentar agir como Ele agiria! Só o fato de nos questionarmos como Ele agiria no momento que estivesse em confronto, vamos receber, sem dúvida, muita energia para enfrentar o embate, afinal, estaremos mentalizando nada mais, nada menos, que o Mestre!

Quando estamos no exercício de função ou cargo e temos de tomar uma atitude que acreditamos certa, não estamos fazendo algo em nosso nome e, sim, daquilo que representamos, mas, quando se trata de assunto pessoal, temos de levar em consideração os ensinamentos de amor e bondade contidos no que Jesus nos exemplificou, pois foi este um dos objetivos da vinda Dele à Terra.

Normalmente nosso orgulho não permite que nos desarmemos quando somos ofendidos, e sabemos que muitas vezes esses confrontos desagradáveis fazem parte de resgates de ofensas que praticamos a outrem em algum momento anterior.

Procuremos serenidade e manter o pensamento elevado, que certamente estaremos amparados por ocasião desses embates.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita