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Jamais deixemos de acreditar na força do amor |
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A frase acima é de autoria de Maria Terezinha Gobbi
Primo (foto), natural de Fernandópolis, cidade
situada no estado de São Paulo, onde reside. Na
atividade profissional, é Gerente de Vendas e, nas lides
espíritas, a atual presidente da Associação Espírita
Beneficente Abrigo aos Aflitos, de sua cidade. Na
entrevista seguinte, ela nos fala acerca de sua
iniciação espírita e sobre as atividades realizadas pela
instituição espírita por ela presidida.
Quando e como se tornou espírita?
Há 34 anos, meu filho na época contava com 5 anos e
começou a apresentar comportamentos estranhos, que
algumas pessoas nos diziam ser de cunho espiritual, o
que na época não entendia do que se tratava, pois era
católica. Uma amiga, então, que era espírita,
convidou-nos para ir à Casa espírita levá-lo para
receber passes. A partir daquele dia ficamos na Casa,
isso há 35 anos.
Fale-nos sobre a origem da Associação Espírita
Beneficente Abrigo aos Aflitos.
Nossa Associação foi fundada em 10/6/1979, pelo Sr.
Raimundo de Souza Medrado, que iniciou o estudo do
Evangelho embaixo de uma mangueira, e graças à
perseverança e muita dedicação, daí nasceu essa tão
importante instituição.
Percebe-se intensa atividade na Casa, inclusive
direcionada às crianças. Sintetize para os leitores a
programação atualmente desenvolvida.
Apesar de ser um grupo ainda pequeno, desenvolvemos sim
várias atividades na instituição:
Palestra e Passe
Reunião mediúnica
Estudos das obras básicas
Plantão de passes e atendimento fraterno
Curso para gestantes
Sala de bordados
Bazar Permanente
Padaria.
Na Casa da Criança, temos trabalho todos os dias com as
crianças do bairro, que são cadastradas e passam à tarde
toda na instituição, inclusive aos domingos.
Percebe-se claramente um grande e carinhoso cuidado com
as instalações físicas e mesmo com o ambiente da
instituição, inclusive espiritualmente considerando. Não
é fácil conquistar esses progressos aliados. Gostaria de
comentar sobre esses detalhes?
Realmente temos um grande carinho com as instalações,
buscando proporcionar um ambiente bonito, bem cuidado,
limpo, com flores, jardins. Passando isso para as
crianças que ali frequentam, todos então que ali chegam
se encantam com aquele ambiente e nos retornam vibrações
harmoniosas, de modo que o clima espiritual é realmente
muito bom e tranquilo. Os trabalhadores da Casa são
irmãos empenhados em fazer o melhor, em doar-se,
estudar, participar das atividades, o que também promove
um clima espiritual favorável.
De suas lembranças na história da Associação, o que mais
lhe chama a atenção?
As lutas imensas travadas ao longo de todos estes anos
para chegar até aqui, não teríamos como enumerar, porém
me lembro de certa feita que nossa Casa foi toda
destelhada por ventos fortes, pois era uma construção
muito simples. Ficamos, evidentemente, muito tristes,
mas arregaçamos as mangas e conseguimos cobri-la
novamente e nos alegramos muito em poder continuar com
os trabalhos. Desse episódio ficou para nós a lição da
perseverança e do amor, que nunca nos deixou desanimar,
e assim é até os dias de hoje.
O que de mais marcante gostaria de destacar para os
leitores?
O trabalho no Bem, esse sim deve ser incessante e
constante em nossa vida, pois ele é o nosso cartão de
crédito mais valioso que possuímos. Não temermos as
adversidades do caminho, pois com amor, trabalho e o
auxílio do alto tudo podemos.
Com sede própria e tão bem distribuídas dependências no
exercício das atividades, quais são os principais
desafios da administração?
Logicamente que para mantermos todo o espaço físico
funcionando tão bem, temos o desafio dos recursos
financeiros e também, como na maioria das Casas
Espíritas, o número escasso de trabalhadores que pegam
na charrua, como nos asseverou Jesus, mas não podemos
perder a confiança e a fé, pois os amigos espirituais
não nos desamparam jamais.
Como se faz a integração da Casa com o Movimento
Espírita na cidade e região?
Procuramos participar do Movimento Espírita, interagindo
com outras Casas Espíritas nos eventos, seminários,
também através da USE, e colocamos sempre nossa Casa à
disposição das Casas irmãs para reuniões e seminários,
seja na cidade, seja na região.
Suas palavras finais.
Deixo aqui expressa minha gratidão e alegria em falar um
pouco sobre a nossa Associação Abrigo aos Aflitos e a
Casa da Criança Auta de Souza, e do que podemos fazer
pela Casa e pela causa. Portanto, meus irmãos, mãos à
obra, pois a seara do Senhor é muito grande e a fé sem
obras é morta. Jamais deixemos de acreditar na força do
amor. Jesus acredita em nós e espera que façamos aquilo
que nos compete no campo do bem e da caridade.