Elias Barbosa perguntou ao Chico qual a sua impressão
quando um amigo se despede da tarefa em que ele se
encontrava.
O médium respondeu:
— Naturalmente que, como acontece a qualquer pessoa, sinto a
falta do companheiro que se retira. Emmanuel, porém, afirma-me
sempre que devemos respeitar as resoluções dos entes amados e
estimá-los com o mesmo apreço, seja de perto ou seja de longe.
Acrescenta, ainda, o nosso Instrutor Espiritual que temos
comunhão mais íntima uns com os outros, onde e tanto quanto o
Senhor no-lo permite e que, se o Senhor nos coloca num lugar de
trabalho, isso não é razão para que outros sejam situados
indefinidamente junto de nós e que o Senhor tanto pode
afastar-nos para outros setores de serviço, como apartar de nós
aqueles que nos servem de apoio e de estímulo, até que pelos
desígnios dele mesmo, nosso Divino Mestre, venhamos a nos reunir
todos, de novo, em nível mais alto da vida. Desse modo, aprendi
com Emmanuel e outros Bons Espíritos que o Senhor nos mantém
onde possa haver melhores oportunidades de trabalho e
aperfeiçoamento para nós. Cada um de nós, dessa maneira, segundo
creio, está no lugar e na posição em que possa ser mais útil à
obra de Deus e a si mesmo. José Xavier, meu irmão, desencarnado
em 1939, que foi espírita dedicado à nossa causa e até hoje,
quando possível, convive espiritualmente comigo, costuma
dizer-me nas horas difíceis: “Chico, você pode estar certo de
que Jesus não dá mancada...”
Do livro No mundo de Chico Xavier, de Elias Barbosa.
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