A coragem
e a fraqueza de Pedro
O Mestre era levado à
presença de Anás, o
presidente dos
sacerdotes naquele ano.
Com ele seguia o seu
fiel discípulo, Pedro.
"Acaso não é você
um dos discípulos
daquele homem?",
perguntaram a Pedro.
"Não, não sou" (João,
18-15 a 27).
Muitos de nós
guardamos esta imagem de
Pedro, quando negou a
Jesus três vezes. O que
o teria levado a ter tal
comportamento? Acaso
teria sido o medo de
perder também a sua
vida? Se analisarmos
Pedro durante todos os
momentos em que conviveu
com Jesus, veremos que
em nenhuma outra ocasião
demonstrou temer por si.
Momentos antes, em
atitude de defesa do
Mestre, havia decepado a
orelha do soldado Malco.
Medroso não era, senão
não o teria feito.
Por que então
negara o Mestre? Para
melhor entendermos esta
passagem, necessário se
faz analisarmos mais
aprofundadamente a
missão de Jesus, que
veio até nós para nos
implantar o Cristianismo
em nosso planeta, missão
grandiosa, se
analisarmos a cultura
vigente na época e as
barreiras,
principalmente
psicológicas, a serem
vencidas. Para os
resultados aparecerem,
havia necessidade de um
tempo, muito maior do
que o de sua existência
na Terra.
Sabedor desse
fato, escolheu Jesus,
logo no começo, vários
discípulos, dos quais,
12 o seguiram até o fim.
A eles determinou a
continuidade de sua
missão. Competiria a
eles a disseminação do
Evangelho após a sua
crucificação. De todos,
conferiu a Pedro a
tarefa máxima de manter
os demais unidos em
torno de seus
ensinamentos.
Digna a coragem
extrema de Pedro ao
fundar a Casa do
Caminho, na própria
Jerusalém, cidade cujas
autoridades haviam
condenado Jesus por suas
ideias. Nela, não só os
ensinamentos do Mestre
foram preservados, como
postos em ação, pois
grande era o número de
necessitados que ali
aportavam em busca de
cura para os seus males.
Quantos desafios
deve ter suportado,
quantas pressões deve
ter sentido, sem,
contudo, ter pensado em
desistir! Quanto devemos
nós a Pedro, valente e
valoroso discípulo de
fibra inquebrantável,
para que hoje pudéssemos
ser chamados de
cristãos.
Por que então
negou a Jesus?
Certamente, se não o
tivesse feito, é quase
certo que também teria
sido crucificado. E não
haveria outro Pedro para
ser colocado em seu
lugar.
Deus escreve
certo por linhas tortas,
diz acertadamente o dito
popular.
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