Bastam poucos brinquedos
Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras
próprias da brincadeira, executando, imaginariamente,
tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente
como agradáveis na realidade.
L. Vygotsky
Muitos brinquedos em casa podem superestimar e
sobrecarregar uma criança, criando empecilhos ao seu
desenvolvimento.
Reduzir o número de brinquedos no ambiente onde a
criança brinca com frequência resulta em uma brincadeira
mais saudável e criativa, pois esse envolvimento
crescente com um mesmo brinquedo tem implicações
positivas para as diversas facetas do seu
desenvolvimento, incluindo brincadeiras imaginativas,
autoexpressão, habilidades físicas como coordenação
motora fina e resolução de problemas. De outra parte,
uma abundância de brinquedos reduz a qualidade da
brincadeira das crianças, porque não dá a elas a
oportunidade para treinar capacidade de concentração e
criatividade.
Nas casas onde as crianças têm excesso de brinquedos,
elas vivem entediadas ou pouco disponíveis para o
brincar livre. Já nas casas onde as crianças contam com
poucos brinquedos, elas se revelam mais criativas:
constroem casas, barcos, transformam mesas em trens,
inventam jogos, realizam peças de teatro, gostam de
histórias e suas habilidades de desenho e pintura pouco
a pouco melhoram.
Sempre explico aos pais ou para o adulto que cuida/educa
a criança: brincar não é ter brinquedos. Brincar é uma
necessidade que toda criança tem, é comunicação e
expressão, é uma atividade exploratória, um meio de
aprender a viver.
Como ajudar uma criança a brincar? A natureza é o lugar
perfeito para qualquer criança exercitar o brincar
livre. Bastam árvore, grama, bola, alguns retalhos de
tecido… Se prestarmos atenção a uma criança brincando,
veremos que muitas vezes um pedaço de madeira é
suficiente…
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