Perguntaram a Chico
Xavier em entrevista:
– Que pensar da situação do doador de órgãos, no momento da
morte, uma vez que seu instrumento físico se viu despojado de
parte importante?
Ele respondeu:
– É o mesmo que sucede com uma criatura que cede seus recursos
orgânicos a um estudo anatômico, sem qualquer repercussão no
espírito que se afasta – vamos dizer – de sua cápsula material.
O nosso amigo André Luiz considera que, excetuando-se
determinados casos de mortes em acidentes e outros casos
excepcionais, em que a criatura necessita daquela provação, ou
seja, o sofrimento intenso no momento da morte, esta de um modo
geral não traz dor alguma porque a demasiada concentração do
dióxido de carbono no organismo determina anestesia do sistema
nervoso central, diz ele.
Estou falando como médium, que ouve esses amigos espirituais;
não que eu tenha competência médica para estar aqui,
pronunciando-me em termos difíceis.
Eles explicam que o fenômeno da concentração do gás carbônico no
organismo altera o teor da anestesia do sistema nervoso central
provocando um fenômeno que eles chamam de acidose. Com a acidose
vem a insensibilidade e a criatura não tem estes fenômenos de
sofrimento que nós imaginamos. O doador, naturalmente, não tem,
em absoluto, sofrimento algum.
Do livro Entrevistas, de Chico Xavier e Emmanuel.
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