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Um projeto especial para divulgação das obras de Chico
Xavier |
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Natural de Pouso Alegre (MG), onde reside, Valdenir de
Paiva Baggio (foto) é de família espírita.
Programador de profissão, participa como voluntário do
Centro Espírita Vinhas do Senhor, de sua cidade.
Palestrante, monitor do ESDE e do EADE e trabalhador na
área da mediunidade, integra atualmente o Conselho
Fiscal da referida instituição. Nesta entrevista ele nos
fala sobre sua iniciativa que recebeu o nome de Projeto
412.
Que é, e em que consiste o denominado Projeto 412?
Projeto 412 é uma iniciativa que tem por fim contribuir
na divulgação da doutrina espírita utilizando o enorme e
precioso acervo que nos fora concedido pelo empenho
amoroso de centenas de espíritos que se utilizaram da
formidável mediunidade de Chico Xavier para nos iluminar
o conhecimento, aprimorar nosso intelecto e lapidar
nossa moral. Consiste em divulgar todos os 412 livros de
Chico, de Parnaso (1932) a Amor e Verdade (1999),
nas palestras semanais, fazendo uma resenha do livro e
baseando a palestra num determinado tema que o livro
aborda, no intuito de levá-lo ao conhecimento do público
e incentivar sua leitura.
Como surgiu a iniciativa?
Desde 2009, quando iniciamos nossos estudos do ESDE,
vimos tentando colaborar de alguma forma com a casa
espírita, com a assistência social e com a divulgação da
doutrina. Ano passado tivemos a ideia de colocar na
biblioteca “todos” os livros do Chico à disposição do
público. Daí nasceu a ideia de, além de tê-los
disponíveis, divulgá-los. Este enorme acervo possui
livros de que eu, espírita atuante, nunca tinha ouvido
falar. Interessado em conhecê-los, aproveitei o ensejo
para compartilhar o pouco conhecimento que tenho
adquirido e contribuir para divulgar essas
importantíssimas obras.
Como ela poderá expandir-se?
Uma coisa é certa: O plano espiritual investiu muito
para que essas obras viessem para o plano físico e cabe
a nós, espíritas, divulgar. Não são simples livros, são
lições, aprendizados, material de estudo filosófico,
histórico, religioso, científico, enfim, um conjunto
imenso de conhecimento a ser aprendido e explorado. A
sugestão inicial é fazer a divulgação destes livros e
principalmente de seu conteúdo. Fazer propaganda mesmo,
mostrar ao público que existe resposta pra tudo, que é
estudando, travando conhecimento dos mais variados temas
que o dicionário de nossa memória irá se enriquecer.
Quais os benefícios vislumbrados?
Posso afirmar particularmente que eu estou sendo o maior
beneficiado. Ler, estudar, aprender e divulgar é um
excelente exercício de aprendizagem, tem-me dado muito
conhecimento para enriquecer as reuniões de estudo e
palestras. No âmbito coletivo, excitar a vontade do
público para que se movimente, para que aprenda, para
que trave contato com todo tipo de conhecimento é de
inestimável valia na ampliação do horizonte do
entendimento particular e da melhoria íntima. O
Evangelho do Cristo ficou séculos aguardando que
amadurecêssemos para compreendê-lo. Hoje, no início do
despertar coletivo é mais que necessário que ele brilhe
no entendimento de todo mundo.
É possível estabelecer uma sugestão de critérios para um
bom aproveitamento da proposta?
A ideia inicial é muito simples: ler, compreender e
divulgar. Toda metodologia que for aplicada é muito
particular, de acordo com o grau de entendimento de cada
expositor. Acho que a melhor maneira de se divulgar é
amar o serviço que está fazendo, e não tem como não amar
uma obra de tão grande magnitude, empregando toda a
nossa vontade em nos tornarmos meio que “divulgadores”
do Cristo. Esse trabalho é uma honra, aliás, somos
privilegiados por estarmos vivendo essa fase de
transição em que podemos ajudar a resgatar mentes,
sermos úteis e vivenciarmos na prática aquilo que
adquirimos e que devemos livremente compartilhar.
Dada a grande variedade dos títulos e temas, como
poderia ser usada numa possível programação sequencial?
Na realidade, acho que a iniciativa da divulgação em
ordem cronológica dá uma real dimensão da versatilidade
do médium, da modificação dos temas e do planejamento do
plano espiritual em nos trazer primeiramente as provas
da existência da vida após a vida física, da pluralidade
dos mundos, das notícias daqueles que já partiram, da
vida no plano espiritual, dos mártires, do Evangelho.
Acompanhando em ordem cronológica entendemos
perfeitamente o propósito do Alto em nosso benefício.
De suas lembranças e reflexões em torno das obras do
médium, o que mais lhe chama atenção?
Sem sombra de dúvida a grande mensagem do Amor existente
em todos os livros. Todos eles nos ensinam como agir,
pensar, sentir, corrigir, aceitar, perdoar, esperar,
esforçar... Mas é notória a mensagem de Amor em todas as
linhas.
Algo marcante que gostaria de acrescentar?
Um sonho mais amplo: Sei que determinados livros levam
até um ano para serem estudados, ou mais. Sei que
existem em nosso país inúmeros grupos de estudo das mais
variadas obras. Penso que se houvesse uma iniciativa
para unir esses grupos num imenso trabalho de divulgação
poderíamos transformar todo esse contexto numa grande
grade de ensino. Pensar em uma escola de estudos
espíritas (ou algo parecido) não seria muita pretensão.
Acho que a doutrina necessita de muitos voluntários
aprendizes de Kardec para transformarem todo esse vasto
mundo de informações em benefício (disciplinado) de
todos. Pense que lindo seria se 412 grupos de estudo
espírita adotassem um livro do Chico para o transformar
em material de estudo sistematizado. Teríamos material
extenso para tratarmos de matérias como história,
literatura, filosofia, religião, ciências.
Para possíveis contatos, que meios o leitor pode
utilizar?
Aqueles que sentirem em sua alma a disposição de abraçar
o Projeto 412, que o façam sem o pensamento de modificar
o mundo, mas com o objetivo principal de modificarem a
si mesmos primeiramente. O Bem é contagiante. Quando o
sentimos, o transmitimos. Os confrades que quiserem
entrar em contato poderão fazê-lo pelo e-mail: valdenir.v.09@uol.com.br,
deixando um comentário no site www.vinhasdosenhor.com ou
pelo whatsapp 35-98837-4960.
Suas palavras finais.
O mundo que iremos deixar é aquele construído pelo nosso
esforço e determinação ou aquele destruído pela nossa
ociosidade e egoísmo. Que não cheguemos ao plano
espiritual com a desculpa da falta de tempo ou de
oportunidade para justificar aquilo que não fizemos.
Cheguemos ao plano espiritual com as lágrimas da alegria
por termos feito nosso melhor, dentro de nossas
possibilidades.