O grande
enigma
do ser e
do
destino
Só a
reencarnação
pode
dizer ao
homem
donde
ele vem
e para
onde ele
vai
“(...)
Se
Cristo
não
ressuscitou,
vã é a
nossa
fé.” - Paulo. (I
Cor., 15:
14.)
Os
judeus
herdaram
o
conhecimento
da
reencarnação
da
antiga
civilização
egípcia,
mas
deram-lhe
o nome
de
ressurreição;
por isso
Paulo
empregou
esse
termo em
suas
cartas.
Para
quem
tem “olhos
de ver”,
tanto no
Antigo
como no
Novo
Testamento,
fica
muito
claro
observar
que os
judeus
entendiam
por
ressurreição
o que os
espíritas
entendem
como
reencarnação;
daí
afirmar
o
ínclito
Mestre
Lionês: “não
falece
dúvida
de que,
sob o
nome de
ressurreição,
o
princípio
da
reencarnação
era
ponto de
uma das
crenças
fundamentais
dos
judeus,
ponto
que
Jesus e
os
profetas
confirmaram
de modo
formal;
donde se
segue
que negar
a
reencarnação
é negar
as
palavras
do
Cristo.
Um dia,
porém,
quando
Suas
palavras
forem
meditadas
sem
ideias
preconcebidas,
reconhecer-se-ão
autorizadas
quanto a
esse
ponto,
bem como
em
relação
a muitos
outros...
A essa
autoridade,
do ponto
de vista
religioso,
se adita
a do
ponto de
vista
filosófico
e a das
provas
que
resultam
da
observação
dos
fatos.
Quando
se trata
de
remontar
dos
efeitos
às
causas,
a
reencarnação
surge
como de
necessidade
absoluta,
como
condição
inerente
à
humanidade;
numa
palavra:
como Lei
da
Natureza.
Pelos
seus
resultados,
ela se
evidencia
de modo,
por
assim
dizer, material,
da mesma
forma
que o
motor
oculto
se
revela
pelo
movimento.
Só a
reencarnação
pode
dizer ao
homem
donde
ele vem,
para
onde
vai, por
que está
na
Terra, e
justificar
todas as
anomalias
e todas
as
aparentes
injustiças
que a
vida
apresenta”.
O
Apóstolo
dos
Gentios
tão bem
compreendeu
essa
questão
que,
certa
vez,
escreveu
em uma
de suas
cartas : “se
esperarmos
em
Cristo
só nesta
vida,
somos os
mais
miseráveis
de todos
os
homens”.
Nesse
passo,
eis um
dos
oportunos
ensinamentos
de Léon
Denis : “(...)
o homem
é para
si mesmo
um
mistério
vivo. De
seu ser
não
conhece
nem
utiliza
senão a
superfície.
Em sua
personalidade
há
profundezas
ignoradas
em que
dormitam
forças,
conhecimentos,
recordações
acumuladas
no curso
das
anteriores
existências,
um mundo
completo
de
ideias,
de
faculdades,
de
energias,
que o
envoltório
carnal
oculta e
apaga,
mas que
despertam
e entram
em ação
no sono
normal e
no sono
magnético.
Esse é o
mistério
da ‘Psyché’,
isto é,
da Alma
encerrada
com seus
tesouros
na
crisálida
de
carne, e
que dela
se evade
em
certas
horas,
se
liberta
das leis
físicas,
das
condições
de tempo
e de
espaço,
e se
afirma
em seu
poder
espiritual.
Do mesmo
modo que
o dia
sucede à
noite e
o verão
ao
inverno,
a vida
livre da
Alma
sucede à
estância
na
prisão
corpórea.
Mas a
Alma se
desprende
também
durante
o sono;
reintegra-se
em sua
consciência
amplificada,
nessa
consciência
por ela
edificada
lentamente
através
da
sucessão
dos
tempos;
entra na
posse de
si
mesma,
examina-a,
torna-se
objeto
de
admiração
para ela
própria.
Seu
olhar
mergulha
nos
recessos
obscuros
de seu
passado,
e aí vai
surpreender
todas as
aquisições
mentais,
todas as
riquezas
acumuladas
no curso
de sua
evolução,
e que a
reencarnação
havia
amortalhado.
E o que
o
cérebro
concreto
era
impotente
para
exprimir,
seu
cérebro
fluídico
o
patenteia,
o
irradia
com
tanto
mais
intensidade
quanto
mais
completo
é o
desprendimento.
O sono
é, em
verdade,
a evasão
da Alma
da
prisão
do
corpo”.
Afinal,
por que
estamos
na Terra
e qual
será o
nosso
futuro?
A
resposta
começa a
ser
dinamizada
pelo
próprio
presente,
e
Gabriel
Delanne
nos
esclarece : “(...)
o
sentimento
que nos
impele a
essa
pesquisa
acerca
de nosso
futuro é
determinado
pela
razão
que
deseja –
imperiosamente
–
conhecer
o porquê
e o como
dos
acontecimentos
que se
realizam
em torno
de nós.
É ela
que nos
põe no
coração
o desejo
de
aprofundar
o
mistério
de nossa
existência.
Se em
meio ao
ruído
das
cidades
essa
necessidade
se impõe
algumas
vezes ao
nosso
Espírito,
com
muito
maior
força,
ainda,
ela se
apossa
de nós,
quando,
ao
deixar
os
centros
populosos,
nos
encontramos
face a
face com
a
natureza
eterna,
imutável...
Ao
contemplar
os
vastos
horizontes
de
imensa
paisagem,
o Céu
profundo,
semeado
de
estrelas,
verificamos
a nossa
pequenez
no
conjunto
da
Criação;
e ao
lembrar
que os
mesmos
lugares
em que
agora
nos
encontramos
foram
pisados
por
inumeráveis
legiões
de
homens,
que não
deixaram
outros
traços
além do
pó de
seus
ossos,
perguntamos
com
certa
angústia:
por que
esses
homens
viveram,
amaram e
sofreram?!
Quaisquer
que
sejam as
nossas
ocupações,
quaisquer
que
possam
ser os
nossos
estudos,
somos –
invariavelmente
–
levados
a
ocupar-nos
de nosso
destino;
sentimos
a
necessidade
de
conhecer-nos
e de
saber em
virtude
de que
leis nós
existimos”.
Não
haveria
esperança
e
tampouco
progresso
se a
reencarnação
não
existisse
e,
consequentemente,
a vida
careceria
de
significado.
Aprendemos
com
Kardec :
“(...)
Com a
reencarnação
e o
progresso
a que dá
lugar,
todos os
que se
amaram
tornam a
encontrar-se
na Terra
e no
Espaço,
e juntos
gravitam
para
Deus. Se
alguns
fraquejam
no
caminho,
esses
retardam
o seu
adiantamento
e a sua
felicidade,
mas não
há para
eles
perda de
toda
esperança:
ajudados,
encorajados
e
amparados
pelos
que os
amam, um
dia
sairão
do
lodaçal
em que
se
enterraram.
Com a
reencarnação,
finalmente,
há
perene
solidariedade
entre os
encarnados
e os
desencarnados,
solidariedade
essa que
concreta
e
eterniza
os
verdadeiros
e
imperecíveis
laços de
afeição”.
-
KARDEC,
Allan. O
Evangelho
seg. o
Espiritismo. 125.
ed. Rio:
FEB,
2006,
cap. IV,
itens 16
e 17.
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