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O trabalho doutrinário será sempre um remédio para todos |
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A frase acima é de nosso entrevistado, José Antônio
Vieira de Paula (foto), um dos palestrantes
espíritas mais apreciados de nossa região. Natural da
cidade de Itapetininga (SP), ele formou-se em Medicina
pela Universidade Estadual de Londrina no ano de 1980 e
desde então radicou-se em Cambé (PR), onde conheceu o
Espiritismo em 1983.
Participou por mais de 30 anos como articulista do
jornal “O Imortal”, fundado por Hugo Gonçalves, e foi
também redator da seção Um minuto com Chico Xavier que
integra as edições semanais da revista O Consolador.
Autor do livro “Um Minuto com Chico Xavier”, lançado em
1997, tem participado desde 1987 das atividades de
divulgação espírita por meio de palestras e seminários
em cidades do Paraná e de outros estados brasileiros.
A seguir, a entrevista que ele gentilmente nos concedeu.
No final do ano passado você se empenhou em iniciar um
trabalho de divulgação espírita através de vídeos
curtos, de aproximadamente dez minutos cada, que recebeu
o nome de “Reflexões Espíritas”. Pode-nos explicar o que
o motivou a isso?
Em maio de 2017 fui diagnosticado com Linfoma não
Hodgkin de células T e tive que me afastar de todas as
minhas atividades, profissionais e doutrinárias, em
função do tratamento quimioterápico e, depois,
imunoterápico. Quando pude receber visitas, amigos
passaram a me visitar para sessões de passes magnéticos.
Mas meu desejo era voltar a divulgar a doutrina e passar
adiante um acervo considerável de histórias que vivi ou
que acompanhei, sempre analisadas à luz da doutrina
espírita.
Houve obstáculos para a realização dessa tarefa?
Principalmente as dificuldades físicas: fraqueza
importante, inapetência, perda da sensibilidade nas mãos
e pernas, etc. Mas, se houve dificuldade, o que não
faltaram foram bênçãos. Muito apoio, principalmente por
parte dos amigos Sineya e José Carlos, do Centro
Espírita Meimei, de Londrina, que se prontificaram a vir
quinzenalmente à minha casa para as gravações. E de
minha esposa, que nunca me desamparou e sempre me
estimulou a essa tarefa. Segundo ela, essas gravações me
revitalizaram.
Como você se orienta para escolher os temas a serem
abordados?
Como disse no começo, o acervo de histórias vividas por
mim ou por pessoas que privaram de meu convívio, ou as
narradas em livros, eram a meta principal. Mas, depois,
os fatos do dia a dia me levaram a considerar a
necessidade de buscarmos as explicações doutrinárias e
apresentá-las àqueles que nos assistem, como
contribuição necessária e oportuna, como o caso das
“balas perdidas”, das “provas coletivas” etc. E, não
raras vezes, por intuição. Na véspera da gravação,
surgia em nossa mente um tema que não tínhamos
preparado, levando-nos a ter de estudar muitas horas à
noite, para podermos apresentá-lo, o que só nos confirma
a ideia de que todo trabalho, quando aprovado pela
espiritualidade superior, não nos pertence. O que só
aumenta a nossa responsabilidade.
Neste o mês de outubro as “Reflexões” estão completando
um ano. Você pretende continuar gravando-as?
Enquanto eu puder, continuarei. O trabalho doutrinário
será sempre um remédio para todos. Mas quem define isso
não somos nós. Emitimos nossos desejos para o mais alto
e do mais alto virá a decisão final. Enquanto isso,
vamos rogando ao Criador as forças de que necessitamos
para prosseguir.
Poderia deixar algumas palavras finais para nossos
leitores?
Emmanuel, guia de Chico Xavier, nos disse que a maior
caridade que poderíamos fazer para com o Espiritismo
seria a sua divulgação. Chico disse que a doutrina dos
espíritos é o farol de luz que clareia nossos caminhos,
ao mesmo tempo que mostra as mazelas que ainda
carregamos dentro de nós. Então, divulgando o
Espiritismo nós vamos clareando os caminhos daqueles que
passam por nós e, a cada estudo, verificamos quanto
ainda temos de trevas em nosso mundo interior, para
assim corrigir-nos.
Nota da Redação:
Para acessar os vídeos de “Reflexões
Espíritas”, clique
aqui