Divaldo Franco: “Amar é uma meta que devemos perseguir
em nossa existência”
O Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes da cidade de
Santo André - SP realizou, em 29.09.2019, o 33º Encontro
Fraternal com Divaldo Franco, encontro esse que se
realiza anualmente desde 1986. O evento realizou-se nas
múltiplas e espaçosas instalações da Instituição
Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues, que se
tornaram acanhadas para acomodar as mais de 3.600
pessoas que acorreram ao local para ouvir Divaldo
Franco.
Entre os presentes, estava o renomado médico
psiquiatra e terapeuta, autor de vários livros e
palestrante, Dr. Roberto Shinyashiki.
“Qual o Sentido da Vida?” foi o tema do Seminário, que
Divaldo abriu reportando-se ao mito grego de Os Doze
Trabalhos de Hércules, impostos a ele pelo rei
Euristeus, com o propósito de submeter Hércules a um
processo expiatório por ter matado – em um acesso de
raiva e descontrole emocional – a própria esposa e os
filhinhos.
Entre esses trabalhos-expiatórios, Hércules deveria
capturar viva a Corça de Cerineia, um animal
mitológico possuidora de chifres de ouro e pés de
bronze, que corria com extraordinária rapidez sem jamais
se cansar. Na verdade, a corça era a ninfa Taígete,
que, para fugir à perseguição de Zêus, foi transformada
por Ártemis no magnífico animal, razão pela qual era
consagrada a essa deusa, que a protegia. Por um ano
inteiro Hércules perseguiu o belo e veloz animal por
todas as partes, vislumbrando suas belas formas de
maneira fugidia para logo em seguida vê-la desaparecer
na segurança e proteção dos densos bosques. Orientado
pela deusa Atena, Hércules logrou dominar a sagrada
corça segurando-a pelos chifres de ouro que simbolizavam
a Iluminação, enquanto que os cascos de bronzes
representava o Mundo Material.
Simbolicamente para a Psicologia Analítica de Carl
G. Jung - nos explica Divaldo - esse Trabalho de
Hércules traz o significado profundo da substituição dos
IMPULSOS (pulsões) ditados pelo Inconsciente (Sombra,
pelos Arquétipos ou ainda pelos Complexos), por
atributos mais nobres (Paciência, Sabedoria, Docilidade,
etc.). Com esse introito Divaldo abordou a questão
fundamental de nossas existências, que é o
desenvolvimento intelecto-moral, cujo melhor caminho – a
exigir de nós um esforço hercúleo – é o
do AUTOCONHECIMENTO (Individuação, como dizia Jung).
Viver com lucidez é buscar. Porém, nem sempre sabemos o
que buscar.
Para nos fazer entender melhor no que consiste essa
busca, Divaldo fez uma anamnese da história da Sociedade
Humana dos últimos cem (100) anos, iniciando pela
Revolução Bolchevique de 1917, que assumiu o governo da
Rússia após derrubar a monarquia e executar o czar
Nicolau II e toda a sua família.
Esse é o marco inicial da mudança da busca do SER pelo
TER e a busca por nos afastar das Tradições. Um dos
sentidos psicológicos da Vida – nos ensina Divaldo – é
transformar a Tradição em Atualidade, pois
essa (a Tradição) é a nossa raiz e, portanto, quando se
arranca a raiz a planta – por ela sustentada - morre.
Divaldo citou o
pensamento do psiquiatra austríaco Viktor E. Frankl,
sobrevivente dos campos de extermínios nazista, que
afirmava “Uma vida que não tem um sentido
psicológico, não alcançou a maturidade do ser humano”.
Na mesma linha de pensamento, anos mais tarde, o pai da
Psicanálise Analítica, Carl Gustav Jung considerava: “É
necessário que cada um de nós tenha, na existência, uma
meta, a fim de que essa existência dê-nos a maturidade
psicológica”.
A partir desses pensamentos, Divaldo delineou os dias
graves da atualidade da sociedade humana a qual,
concentra todos os esforços e energias quase que
exclusivamente aos objetivos imediatistas em prejuízo
daqueles transcendentais.
O resultado dessa opção vem-se refletindo nas
estatísticas oficiais e a OMS espera já para o ano de
2025 que as mortes provocadas pelos efeitos da Depressão
ultrapassem os óbitos de câncer e cardiopatias, que hoje
lideram as causas de morte. Os efeitos da Depressão
levarão a um aumento estarrecedor dos suicídios, hoje já
tão elevados.
Seguindo na anamnese histórica, Divaldo abordou a
Primeira Grande Guerra, ao final da qual os
estrategistas afirmavam que nunca mais haveria outra
Guerra. Transcorridos menos de trinta anos explode a
Segunda Guerra e as quase 100 milhões de mortes,
culminando com a explosão das bombas atômicas de
Hiroshima e depois Nagasaki.
Na década de 50 fomentada pela Guerra Fria as Coreias do
Norte e do Sul destroem-se em busca do poder
político-econômico. Na década de 60 batem-se pelas
mesmas razões o Vietnã do Norte contra o do Sul.
A belicosidade humana
sempre se destacou entre nossos comportamentos. Ainda no
século XIX Allan Kardec – através da questão 742 de O
Livro dos Espíritos – indaga: Que é o que impele o
homem à guerra? Ao que os Espíritos Superiores
responderam: “Predominância
da natureza animal sobre a natureza espiritual e
transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os
povos um só direito conhecem — o do mais forte”.
Esses embates produziram de forma generalizada o
pensamento de que a vida deveria ser usufruída em toda a
sua plenitude, pois a qualquer momento viria a Guerra ou
a Bomba e seria o fim de tudo, devorando vidas,
convicções e valores morais tradicionais, fazendo
desaparecer o sentido ético da vida.
Como consequência da promiscuidade sexual surge a
epidemia da AIDS que afeta mais de quarenta e dois (42)
milhões de criaturas em todo o Mundo.
Constata-se que a Sociedade perdeu a visão interior da
vida e passamos – cegos aos reais valores da existência
– a ver somente as aparências, deixando-nos fascinar
pelo brilho das paixões, pelas ilusões e fantasias todas
efêmeras. Tais aflições advêm da adoção de objetivos
imediatistas em prejuízo das aspirações mais sublimes
para a existência. Reforçando a necessidade de elegermos
um objetivo existencial Divaldo citou o pensamento do
psicólogo existencialista norte americano Rollo May,
(1909 —1994) que afirma ter a sociedade elegida como
parâmetros para a felicidade:
Individualismo: Doutrina
moral e social cujo conceito é o de valorizar a
autonomia individual na busca da liberdade e satisfação
das inclinações naturais.
Sexualismo: Comportamento
ligado à sociedade mercantilista e consumista, na qual o
ato sexual é priorizado e banalizado, desvirtuando sua
razão natural.
Consumismo: Compulsão
e modo de vida que leva o indivíduo a consumir de forma
ilimitada bens, mercadorias e/ou serviços, em geral
supérfluos, em razão do seu significado simbólico
(prazer, sucesso, felicidade).
Para exemplificar o conceito da importância dos valores
morais obtidos junto dos pais Divaldo passou a narrar um
episódio envolvendo o criminoso mais famoso da
história: Alphonse Gabriel mais conhecido mundialmente
como "Al" Capone (1899 - 1947). Esse
gângster ítalo-americano liderou um grupo criminoso
dedicado ao contrabando e venda de bebidas entre outras
atividades ilegais, durante a Lei Seca que vigorou
nos Estados Unidos nas décadas de 1920 e 1930. Sua fama
ficou patente num crime bárbaro pelo qual sete pessoas
foram cruelmente assassinadas e que passou à história
como o Massacre do Dia de São Valentim ou Massacre do
Dia dos Namorados, pois foi cometido no dia 14 de
fevereiro de 1.929 data consagrada às comemorações do
Dia dos Namorados nos EUA.
Al Capone tinha um advogado – famoso por livrar o
gângster com facilidade da cadeia - apelidado de “Easy
Eddie” (1893 -1939), um excelente profissional cuja
maior habilidade estava em manobrar no cipoal de leis
americanas para manter seu cliente - Al Capone -
distante da prisão.
Em retribuição o gângster mafioso, pagava regiamente seu
advogado, fornecendo-lhe uma mansão que ocupava um
quarteirão inteiro em Chicago. Indiferente às
atrocidades praticadas por seu cliente, o advogado e sua
família desfrutavam de uma situação econômica
confortável, além de pertencerem aos quadros sociais
mais destacados da sociedade local.
“Easy Eddie” providenciava
tudo quanto o dinheiro pudesse adquirir ao seu filho,
inclusive as melhores escolas. Impossibilitado de dar
bons exemplos, o advogado – paradoxalmente - sempre
reiterava ao filho a importância dos bons valores
morais, enfatizando as ações corretas e as incorretas. O
advogado do mais cruel assassino buscava com seu empenho
tornar o filho melhor do que ele fora.
Seja por ter-se cansado de ver as atrocidades à sua
volta, seja pela voz da consciência ou ainda como um
legado de bom exemplo de conduta moral ao filho, “Easy
Eddie” tomou uma decisão difícil na busca por
corrigir as injustiças de que havia participado como
advogado de Al Capone.
Procurou as autoridades federais contando-lhes a verdade
sobre seu cliente na tentativa de limpar seu nome
enlameado, permitindo ao filho usar com orgulho o nome
familiar. No dia do julgamento o advogado – mesmo ciente
de que seria executado por esse gesto – testemunhou
contra o ex-patrão, condenado a onze anos na prisão
federal de Alcatraz pelo crime de sonegação do Imposto
de Renda.
Passado algum tempo desde o testemunho no Tribunal, “Easy
Eddie” foi morto a tiros enquanto dirigia pelas ruas
de Chicago. Levado, ainda com vida, ao Hospital local, o
advogado sabia que morreria, porém, aos olhos dele,
tinha dado ao filho o maior exemplo que poderia
oferecer, mesmo diante do maior preço que poderia pagar:
a própria vida.
Divaldo fez uma breve pausa para em seguida referir-se
novamente a Chicago de Al Capone, que além do gângster
foi, também, a cidade que ofereceu aos EUA um dos seus
maiores heróis durante a Segunda Grande Guerra Mundial:
O tenente-comandante Edward Henry O'Hare (1914 -
1943) piloto da Marinha dos Estados Unidos, que em 20 de
fevereiro de 1942 tornou-se o primeiro ás voador da
Marinha que atacou - mesmo sozinho e tendo uma
quantidade limitada de munição - nove aviões
bombardeiros japoneses que se dirigiam para atacar o
porta-aviões americano USS Lexington. Somente era
considerado um “ás” o piloto que abatesse em uma única
batalha mais do que cinco aviões inimigos.
Audaciosamente, sem se preocupar com sua própria
segurança, ele abateu ou danificou muitos das aeronaves
inimigas, sendo, por essa façanha, o primeiro piloto
naval a ser laureado com a Medalha de Honra na Segunda
Guerra Mundial. A imprensa rapidamente apelidou
de “Butch O’Hare” (algo como “O’Hare o Exterminador”,
em português). No ano seguinte “Butch O’Hare” morreu
– aos vinte e nove (29) anos - em combate aéreo.
A Chicago de Al Capone e dos crimes bárbaros do passado
não permitiu que a memória de “Butch O’Hare”, o
herói da Segunda Guerra, desaparecesse, e hoje, o
Aeroporto da cidade, um dos mais movimentados e
importantes dos EUA e do Mundo, tem o nome de Edward
Henry O'Hare em tributo à coragem deste grande
homem.
Após a exposição dessas duas narrativas Divaldo
concluiu: Ambas as histórias têm algo em comum e não se
deve ao fato de envolverem a cidade de Chicago. O ponto
de atração entre elas é que “Butch O’Hare”, o
herói da Guerra, era o filho de “Easy Eddie” o
advogado de Al Capone cujo exemplo de sacrifício em
favor do que era moralmente correto acabou por permear o
comportamento e a índole do filho.
Para reiterar o conceito moral Divaldo compartilhou
conosco a comovedora narrativa de Francisca, humilde
moradora dos Alagados na cidade de Salvador-BA, e
frequentadora da Mansão do Caminho.
Certa ocasião Divaldo fora chamado com urgência para
atender Francisca que estava à beira da desencarnação.
Lá chegando, sentou-se ao lado de Francisca que reunindo
suas últimas forças contou-lhe detalhes de sua vida
pessoal.
Narrou que era mãe solteira, pois que fora abandonada
pelo venal companheiro ao tomar conhecimento da gravidez
e expulsa do lar pelos pais. Essas injunções não tiveram
o poder de diminuir o seu amor pelo filho, e para
assisti-lo extenuava-se no trabalho de lavadeira e de
vendedora de acarajé o que lhe permitiu custear todos os
estudos e necessidades do filho que graças a toda a
dedicação materna logrou ser aprovado no vestibular da
Faculdade de Medicina, exigindo de Francisca a ampliação
de seus esforços.
Sua dedicação era tanta que logrou obter – junto a um
médico e habitual freguês de seu acarajé – emprego para
seu filho sem identificar, contudo, que era sua mãe.
Chegara, finalmente, a data de formatura e Francisca
preparara-se com esmero para aquela ocasião pela qual
tanto lutara e se sacrificara. Sentia que atingira o
objetivo maior de sua vida. Antecipava no coração a
alegria que proporcionaria ao filho ao lhe dar – na
cerimônia de colação de grau – o anel de formatura.
Horas antes de seguir para o local da cerimônia seu
filho a procurara no barraco e pediu à mãe que não
comparecesse ao evento. Aproveitaria a ocasião para
marcar o casamento com a noiva – filha única do diretor
e proprietário da Clínica onde ele trabalhava – que
desconhecia a existência de Francisca, informação
propositalmente omitida pelo filho à futura esposa.
Francisca dissimulou o impacto emocional da ingratidão
do filho e, entregando-lhe o estojo luxuoso com o anel
de formatura, beijou-lhe a face dele se despedindo.
Francisca - respirando com extrema dificuldade pela
iminência da desencarnação - reuniu suas derradeiras
forças e segurando as mãos de Divaldo fez-lhe o
derradeiro pedido. Caso o filho viesse procurá-lo,
Divaldo devia dizer-lhe que ela não tinha pelo filho
nenhuma mágoa ou ressentimento pelo simples fato de
amá-lo incondicionalmente. Feito o pedido, desencarnou.
Semanas mais tarde - como previra Francisca – o filho
buscara informações sobre a mãe e foi aconselhado a
procurar Divaldo Franco, que acompanhara as derradeiras
palavras da mãe.
Com o coração em frangalhos destroçado pela culpa, o
filho recebeu a notícia que veio arrefecer lhe a
angústia: A mãezinha não lhe guardava mágoa e naquele
momento – nimbada de mirífica luz - apresentava-se à
visão psíquica de Divaldo acariciando o seu menino a
quem amava tanto.
Em pranto copioso e sentido de catarse, o filho de
Francisca pediu uma oportunidade para assistir os irmãos
desvalidos trabalhando na Mansão do Caminho como médico
voluntário. Tornou-se – afirmou Divaldo concluindo a
narrativa de Francisca, a vendedora de acarajés que a
todos emocionou – modelo de dedicação e amor ao próximo
atendendo a pobreza e os desvalidos do bairro onde a
mãezinha vivera. Finalmente o médico rico e poderoso
encontrara uma razão psicológica profunda para a vida.
Prosseguiu Divaldo, afirmando que o Vazio Existencial
Filosófico começa com Friedrich Nietzsche (1844-1900),
filósofo prussiano autor entre outras obras do livro Assim
Falou Zaratustra, base do Existencialismo, escola de
filósofos que contou com a participação de Soren
Kierkegaard
e Jean Paul Sartre.
Desabrocha o Niilismo doutrina filosófica que indica um
pessimismo e ceticismo extremos perante qualquer
situação ou realidade possível. Consiste na negação de
todos os princípios religiosos, políticos e sociais.
O pessimismo parece descer sobre a humanidade como um
velário de crepe afetando um número sem conta de
criaturas humanas, fomentando o carrasco do Medo
debilitando moralmente todos que são por ele envolvidos,
fomentando a raiva, a ira o ressentimento. A esperança
parece desvanecer dos corações humanos.
Há 280 anos que o pensador inglês Thomas Heart anunciava "O
ser humano perdeu o endereço de Deus". Parafraseando
o pensador, Divaldo, do alto de sua experiência e
sabedoria, ampliou esse pensamento acrescentando que a
criatura moderna – além do endereço de Deus – perdeu
igualmente o endereço de Si mesma, fato que a leva a
viver exclusivamente para atender questões imediatas,
empurrando-a para o individualismo, o sexualismo e o
consumismo, e esquecendo-se do AMOR.
Jesus veio-nos trazer sua
mensagem para deixarmos os pântanos das emoções
descontroladas atreladas às sensações impostas pelos
instintos. Veio falar-nos do AMOR quando nos estimula ao
maior dos mandamentos: “Amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e
grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois
mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.
Não há, portanto, razão para nos deixarmos envolver pelo
manto de pessimismo que os dias atuais vêm cercando a
sociedade. Não devemos valorizar o mal que pulula à
nossa volta e nem permitir que nos tirem a paz e a
alegria de viver. Amar, então, é uma meta que devemos
perseguir em nossa existência.
Com o objetivo de ilustrar a solidariedade como caminho
que nos leva ao amor, Divaldo nos narrou a história do
médico e escritor escocês Archibald Joseph
Cronin (1896-1981), conhecida como o Anjo da Noite.
Vítima do cansaço e esgotamento físico uma jovem
enfermeira termina por dormir no seu posto e em
decorrência uma criança sob seus cuidados acaba
morrendo. O médico expulsa-a do hospital e ameaça
denunciá-la, o que acaba não fazendo.
Anos mais tarde, agora, lendo o jornal londrino ele toma
conhecimento de uma senhora conhecida pela abnegação e
sacrifício que dedica aos órfãos da guerra de uma
pequena cidade. Seu empenho é tão grande que ela jamais
dormia cuidando das crianças traumatizadas e doentes. A
veneranda enfermeira dedicava-se a
resgatar vidas, por causa de uma criança que havia
morrido sob seus cuidados, quando ela - vitimada pelo
cansaço - dormira. A enfermeira redimia-se perante a sua
própria consciência.
Finda a leitura do artigo jornalístico, o escritor e
médico lembrou-se do fato ocorrido no passado e pôde
constatar que um gesto baseado na ira poderia ter
aniquilado uma existência, dedicada ao bem, mas se o
gesto for alicerçado no amor e no perdão pode salvar
inúmeras vidas.
Em que pese os dias tumultuosos da atualidade onde as
aflições, ódios, intolerâncias, sofrimentos e
violências, dias em que as pessoas – ao invés de se
amarem umas às outras como preconizado por Jesus –
elegem se armarem umas contra as outras – no âmbito
material e emocional - urge aceitar e viver a proposta
de Jesus, amando mais, tornando-nos, assim, mais gentis,
tolerantes, pacíficos e mansos de conformidade com os
ensinamentos registrados no Sermão da Montanha,
permitindo a formação de uma humanidade mais justa e
feliz.
A psicosfera ambiente estava dominada de sentimentos
superiores que a todos envolviam. Divaldo chamou-nos a
atenção para o amor incomensurável de Jesus pela
humanidade que lhe pagou com a ingratidão – pela
adulteração e distorção de Seus ensinamentos – o sublime
sacrifício de nos trazer o caminho para a verdadeira
felicidade.
No ambiente saturado de doces vibrações que permeava a
todos os presentes, a voz de Divaldo Franco foi-se
alterando suavemente e todos emocionados constatamos a
voz do Dr. Bezerra de Menezes a se manifestar por
intermédio da mediunidade psicofônica de Divaldo em uma
mensagem que nos convida a ter a coragem de não
desanimar nunca, pois Jesus nos prometeu que nunca nos
abandonaria e nos concitou a nos amarmos uns aos outros.
Nota do Autor:
As fotos desta reportagem
são de Edgar Patrocínio.