Este Congresso trouxe informações encadeadas da
Filosofia espírita, que trata dos princípios da vida, do
conhecimento, da imortalidade da alma, reencarnação,
pluralidade de mundos habitados, mediunidade,
explicando-nos de onde viemos, o que estamos fazendo
aqui, por que existem sofrimentos, por que uma criança
morre em tenra idade e muito mais.
A Associação Médico-Espírita Internacional promove
Congressos que nos trazem pesquisas sobre temas
importantes, tais como o ouvir vozes, mediunidade sem
loucura, terapias complementares para aqueles que
sofrem a pressão de uma mente desencarnada.
Trazemos aqui, com a permissão dos palestrantes, algumas
informações extraídas das palestras proferidas no 7º
Congresso Britânico de Medicina e Espiritualidade,
conectando ciência e religião ou espiritualidade,
realizado em Londres nos dias 9 e 10 de novembro deste
ano, na Rudolf Steiner House, perto do Regents Park.
Elas trouxeram-nos uma diversidade de conhecimento, como
o que nos foi ofertado pelo nosso querido Dr. Marcelo
Saad, MD, PhD, médico especializado em Fisiatria e
Acupuntura e com Doutorado em Ciências, que falou sobre
“Capelania Espírita - Modelo de Apoio à Fé em
Hospitais”.
O termo capelania já transcendeu sua origem católica
para abranger assistência religiosa hospitalar a pessoas
de qualquer denominação. No Brasil, o Espiritismo é a
terceira afiliação religiosa mais conhecida. No entanto,
até recentemente, não havia atendimento ministerial
organizado dedicado a pacientes espíritas em hospitais
gerais. Dr. Saad desenvolveu seu tema explorando sua
origem e trajetória. Alguns casos de sucesso foram
citados para ajudar na construção de novas diretrizes. O
futuro é muito promissor para a consolidação desse novo
conceito, que tem atendido com sucesso pacientes
internados.
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Natalie Tobert, Jeffrey Rediger,
Marcelo Saad, Elaine Drysdale,
Anne Sinclair (intérprete), Felipe Sá Ferreira,
Peter Fenwick
e Terry Palmer, mestre de cerimônia do evento. |
As informações trazidas dos palestrantes do Congresso
deram uma ideia de quão importantes são todas essas
pesquisas, provando a todos que não somos apenas uma
coisa, uma bola, um ser material, mas sim Seres
Espirituais.
Em sua fala, Dr. Saad enfatizou a todos que estavam ali
pela primeira vez que Espiritismo não é sinônimo de
"espiritualismo". O Espiritismo foi organizado na França
pelo professor e educador Hippolyte Léon Denizard Rivail
(1804-1869), também conhecido por seu pseudônimo Allan
Kardec. Em meados dos anos 1800, ele fez uma
investigação racional da comunicação com os espíritos.
Kardec foi um dos primeiros estudiosos a se envolver em
uma investigação científica dos fenômenos espirituais.
Nos últimos 150 anos o Espiritismo se espalhou para
muitos países. O Brasil é o país em que ele mais
floresceu e onde o número mais significativo de
seguidores pode ser encontrado. A forma pela qual o
Espiritismo evoluiu no Brasil é muito peculiar, pois a
maioria dos frequentadores busca o Espiritismo devido a
problemas de saúde física e mental. Abordagens
terapêuticas específicas foram desenvolvidas para
prevenir e restaurar um estado "espiritual-energético"
equilibrado. Os centros espíritas no Brasil são muito
procurados devido às suas práticas de cura, as chamadas
“terapias complementares espíritas”. Em 1968, em São
Paulo (Brasil), um grupo de médicos interessados na
interface entre a Medicina e a doutrina espírita criou a
primeira Associação Médico-Espírita. Nas últimas
décadas, esse movimento desenvolveu muitas ações
relacionadas à educação, pesquisa e assistência. O
Modelo Médico Espírita de saúde e tratamento busca
preencher algumas lacunas do conhecimento científico,
acelerando assim o avanço em direção a uma mudança de
paradigma na medicina. Alguns de seus membros publicam
suas pesquisas em revistas médicas respeitáveis e
indexadas.
Dra. Elaine Drysdale, BA (Psicologia), MD, FRCPC
(Psiquiatria), tratou do tema “Experiências de quase
morte: sabedoria para a prática clínica e a vida”. Como
importante pesquisadora das experiências de quase morte
(EQM), resumiu seu discurso em uma palestra especial.
Uma EQM se dá quando algumas pessoas sofrem paradas
cardíacas, cirurgias ou situações de risco de vida. A
EQM é comparada ao delirium, e várias teorias biológicas
são abordadas. É vital que os médicos reconheçam uma EQM
e não a minimizem. As histórias de EQM podem ser usadas
para ajudar pacientes com medo de morrer, tristeza,
ideação suicida ou falta de propósito de vida.
Finalmente, entender a EQM pode ampliar nossas
perspectivas de consciência; de como percebemos a vida e
a morte; e de como podemos chegar a um acordo com o fim
da vida para nós mesmos e para nossos pacientes.
Durante o Congresso, seis palestrantes contribuíram para
que informações de ponta chegassem até o público, acerca
de vida espiritual, vida Eterna, centenas de existências
da alma. Algumas pessoas se lembram de vidas passadas,
outras não, e a Lei de Causa e Efeito, que faz parte das
Leis Universais, explica nossa vida nos cinco livros
escritos por Allan Kardec, o codificador da doutrina
espírita. Sobre esse ponto em particular, Dr. Saad
proferiu uma palestra especial, por solicitação de Dr.
Peter Fenwick, que entende que sem Allan Kardec não
poderíamos ter essas informações e pesquisas tão
importantes que possuímos hoje em nossas mãos. Nada a
ver com religião em si, mas com conceitos morais de
dignidade, moralidade, vivendo uma vida melhor dia a
dia, sem queixas, pois quando entendermos a vida
viveremos uma vida melhor com certeza, sem desculpas por
sofrimentos.
Um dos oradores expressivos, Dr. Jeffrey D. Rediger, MD,
Mdiv, psiquiatra, Diretor Médico de Assuntos
Comunitários do McLean Hospital e Chefe de Medicina
Comportamental do Caritas SE Good Samaritan Medical
Center, declarou: “Este é um momento emocionante na área
da saúde, onde os paradigmas de saúde e bem-estar e as
tecnologias associadas estão começando a demonstrar
eficácia em áreas onde os modelos tradicionais baseados
em doenças têm sido mais limitados”. Em seguida, ele
apresentou um resumo de 16 anos de investigação de
pacientes com evidências indiscutíveis de recuperação
improvável ou conquista notável envolvendo doenças
tradicionalmente consideradas incuráveis.
Todos os temas foram bem apreciados por todos os
participantes, pois os profissionais da área da saúde e
os terapeutas demonstram um enorme interesse em conhecer
temas relacionados ao nascimento e morte, segundo os
ensinamentos espíritas.
Outro palestrante brasileiro, Dr. Felipe Sá Ferreira,
espírita, ginecologista e obstetra, presidente da
AME-Maringá, docente da Faculdade de Medicina da
UNICESUMAR, supervisor da residência médica de
Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Municipal de
Maringá, chamou a atenção do público com uma palestra
muito interessante. Como médico e médium espírita, ele
trouxe novos conceitos a respeito da gravidez sob a
visão espírita. “O corpo dentro do corpo, ambos têm um
espírito.”
Seu tema “Morte intrauterina e seu impacto espiritual”
esclareceu muito e criou interesse sobre sofrimentos e
nascimentos. Segundo ele, a interrupção da vida de um
embrião como método contraceptivo interrompe a
oportunidade de um ser humano nascer, devido à falta de
planejamento familiar ou por qualquer outro motivo. Isso
tem consequências para a mãe, pai ou família? “Claro. Se
pensarmos no embrião como um espírito imortal no
processo de reencarnação, teremos muitas consequências,
incluindo aquelas para todos os envolvidos.”
A Dra. Natalie Tobert, PhD, antropóloga médica
especializada em educação e inclusão social para escolas
médicas, hospitais e universidades, trouxe à luz um tema
sobre o qual as pessoas querem falar, mas o medo as
impede de fazê-lo: “Garantia mais ampla: abordagens
espíritas à guerra e à saúde da população”.
Natalie explora a proposição de que as experiências de
crise são causadas tanto por trauma em nossa encarnação
atual quanto chegam até nós de dimensões além. As
pessoas podem acessar espontaneamente o trauma de
entidades ligadas à Terra, exacerbando quaisquer
problemas de saúde mental.
Trazendo mais explicações sobre a morte, nosso querido
Dr. Peter Fenwick, MD, ex-consultor encarregado da
unidade neuropsiquiátrica e epilepsia do Maudsley
Hospital, codiretor de pesquisa do Departamento de
Neurofisiologia, Broadmoor Hospital e consultor
neuropsiquiatra do London Sleep Centre, abordou o tema
“Iluminando a Morte”.
A cada dois anos são organizados congressos como este.
Agora criou-se na Inglaterra a Associação
Médico-Espírita Britânica, com o objetivo de, dentro de
algum tempo, oferecer estudos, simpósios e cursos de
curta duração a todos os profissionais da área da saúde,
para que todos possam entender que o tratamento de todas
as doenças deve ser visto de forma integral, abrangendo
mente, corpo e alma. Os cursos e a associação estarão
abertos a todos os interessados em saber mais sobre
cura, loucura, obsessão, audição de vozes do além, visão
de pessoas mortas, isto é, de Espíritos.
Todo o evento foi coberto de luz e muitos médiuns na
plateia puderam perceber esse fato.
A organização contou com a participação de 25
voluntários da BUSS - União Britânica de Sociedades
Espíritas.
No final de suas exposições, os palestrantes concederam
ao público um momento de autógrafos.
Nos mesmos dias do Congresso tivemos importante
demonstração em FAVOR DA VIDA, - YES TO LIFE,
apresentada por Steve e Tania Duff, de Southampton, que
fica no sul da Inglaterra.
O Congresso foi transmitido pelo Facebook, em tempo
real, na página da BUSS.
Nota da Autora:
Para saber mais sobre o evento, o leitor deve consultar
os sites www.medspiritcongress.org e www.buss.org.uk