“Espíritos simpáticos”
“Os
que encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes
próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos,
ligados por anteriores relações.” (ESE,
XIV, 8.)
Nosso caminho evolucional é comparado a longo deserto
que percorremos da Infância Espiritual à Angelitude.
Nossos companheiros de travessia possivelmente se
repetem a cada nova encarnação.
Reunimo-nos por simpatia, ou somos “Espíritos
simpáticos”; e o núcleo de reunião mais
necessário e justo é a família, quer seja ela corporal,
espiritual ou satisfaça ambos os requisitos.
Quando afirmamos que “fulano é extremamente simpático”,
é possível que seja ele educado, elegante e gentil:
qualidades do corpo e do Espírito aí encarnado…
Mas quando o Codificador nos fala em “Espíritos
simpáticos, ligados por anteriores relações”, simpáticos
toma a conotação de “atração”.
Dessa forma, “simpático”, longe dos conceitos
anteriores, passa a significar uma atração por
conveniência: desejamos nos atrair por motivos nobres,
ou nem tanto.
Se tivermos atração pelo bem, nos reuniremos com
Espíritos afins. Se tivermos atração pelo mal,
prazerosamente desejaremos nos reunir a Espíritos de
tais tendências.
A atração, por conseguinte, é neutra; neutros não o são
o bem ou o mal.
A família tem o poder de reunir pessoas de matizes
diferentes: para que os maus sejam reeducados e
regenerados pelos bons, e para que estes se consolidem
como tal: instrutores e missionários.
Evidências se tornarão patentes: não nos reunimos única
vez. Já fomos bons juntos, maus juntos, contraímos
dívidas uns com os outros e não as saldamos totalmente…
… E, por isso, estamos juntos novamente, nós, afins ou
simpáticos, amparando-nos na travessia do deserto
Terreno.
* * *
Se revivemos num Planeta onde ainda o mal predomina,
tenhamos a consciência de que nem sempre aqui estaremos
reunidos em torno do bem – o Plano do Pai Celeste. Mas…
poderemos, ainda, estar reunidos por atrações escusas:
ainda na contramão das Divinas Leis ou Naturais.
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