Ao orar por alguém, eu atraio
seus obsessores?
Há, para uma boa parcela de gente, até para
aqueles que conhecem um pouco mais os Espíritos
e a sua natureza, uma espécie de medo do que
eles – os Espíritos – podem fazer conosco.
Provavelmente, com a imaginação fértil ainda vêm
na ideia dos Espíritos as velhas lendas das
casas assombradas e das perseguições de
entidades maléficas.
Muitas dessas pessoas, aliás, até com
mediunidade, recusam-se a desenvolver ainda mais
sua sensibilidade para que estejam “protegidas”
e não vejam ou interajam com essas entidades do
“Além” que, diga-se, é o futuro de todos nós.
E eis que de uns tempos para cá tenho recebido
muitas perguntas que mostram um receio sem
fundamento dos Espíritos.
As perguntas são do seguinte tipo:
- Se eu orar por alguém, corro o risco de ser
perseguido pelo seu obsessor?
Bem..., correr o risco todos corremos, até
porque um Espírito pode, sim, não gostar de
algumas atitudes que estamos tomando como, por
exemplo, ajudar seu adversário e, então, por
isso, “partir para cima de nós” a fim de criar
constrangimentos e nos assustar para que nossa
ajuda cesse.
Muito mais fácil para o obsessor se ninguém está
intercedendo pela sua “vítima”; natural,
portanto, que ele queira neutralizar a
influência daquele que busca ajudar.
Mas, cá entre nós, se há gente ou Espíritos
querendo atrapalhar nossa ajuda ao semelhante,
também há gente ou Espíritos que se sensibilizam
com a causa que abraçamos e vêm nos fortalecer,
somar apoio, deixar esta corrente do bem mais
pujante.
Por qual razão devemos nos preocupar com os
obsessores daqueles que estão em dificuldade, se
há, também, um trabalho do bem para que a
harmonia se restabeleça?
Se é verdade que ao fazer o bem para alguém eu
atraio seus obsessores ou o obsessor, não menos
verdade é que também atraio seu anjo guardião e
seus Espíritos familiares que estão torcendo
pela sua recuperação.
Isto sem contar em outros Espíritos que são
simpatizantes daqueles que servem o próximo por
meio de uma prece ou mesmo nas ações materiais.
Crio, com isso, laço de afetos e relações
salutares que sempre falarão a meu favor ao orar
por alguém necessitado.
Como o bem é sempre maior do que o mal, e como,
via de regra, temos muito mais gente e Espíritos
que gostam de nós do que desgostam, é um fato
simples constatar que, ao orar por alguém,
atrairemos muito mais benfeitores que inimigos,
muito mais amor que ódio, muito mais ventura que
desdita.
Pense nisso.