O homem integral
Numa época em que o cuidado com a alimentação está em
voga, buscam-se produtos mais saudáveis, o pão integral,
a agricultura biológica, já experimentou a receita do
Homem integral? Ontem, tivemos uma apresentação desse
modelo existencial, em Lisboa. Venha daí, saber mais um
pouco…
26 de Novembro de 2019, Lisboa, auditório da Faculdade
de Medicina Dentária de Lisboa, 3ª feira, 21h.
Havia algo de especial, fora do normal.
As viaturas deslocavam-se autoestrada fora, em busca da
capital portuguesa.
Outros apanhavam os transportes públicos, desde longe,
em direcção a Lisboa.
Chegámos pelas 19H30 (1H30 antes do evento) e uma enorme
fila já se constituía, na esperança de entrar no vasto
auditório. Uma diversa e rica livraria espírita era
absorvida pela multidão.
Ao lado, numa mesa, uma pessoa numa cadeira de rodas,
quiçá cheio de dores, autografava livros atrás de
livros, sempre com um sorriso.
Deus foi generoso com ele, mandou-lhe logo 3 dolorosas
hérnias discais, que não o impedem de viajar anualmente
mais de 200 dias, divulgando a doutrina espírita (que
não é mais uma religião ou seita, mas sim, ciência,
filosofia e moral).
Estamos a falar de Divaldo Pereira Franco, educador,
espírita, médium, o maior divulgador da doutrina
espírita no mundo, Doutor Honoris Cause por várias
universidades, entre as quais Sorbonne, Embaixador
Mundial para a Paz, fundador da Mansão do Caminho,
Bahia, Brasil, instituição modelar a nível mundial, por
onde já passaram mais de 130 mil crianças pobres, que
foram integradas na Sociedade.
Ele ia a caminho de Espanha, onde vai estar no congresso
da Federação Espírita Espanhola, mas foi “obrigado” a
fazer uma paragem técnica em Portugal.
Era preciso reabastecer, não o avião, mas os
portugueses, com fome de espiritualidade, de paz
interior, de esperança, de consolo espiritual.
Mais de 700 pessoas de vários locais do país, encheram o
vasto auditório, muitas delas sentadas no chão, para
ouvir o Embaixador da Paz, o Homem que além de falar,
exemplifica, homem pobre de posses materiais e rico de
espiritualidade.
De repente… a escuridão.
Um trailer do filme “Divaldo – o mensageiro da Paz”,
da Fox Filmes, vai rolando, filme este que está ainda em
exibição no Brasil.
Música lírica e a apresentação do presidente da
Federação Espírita Portuguesa (FEP).
O sentido da vida é Amar, servir o próximo, ser útil,
fazendo ao próximo o que desejamos para nós.
Estava na hora do ágape espiritual.
Foi posta a mesa, distribuídos os pratos e, Divaldo
Franco, através da sua verve, foi distribuindo às mais
de 700 pessoas, o alimento que sacia para sempre: um
consolo aqui, esperança ali, conhecimento mais além,
sorrisos, doutrina espírita, esclarecimento, partilha de
experiências pessoais, convite à vivência da ética e da
moral de Jesus de Nazaré (base moral da doutrina
espírita), tudo isto de forma que todos ficassem
saciados e determinados na busca do Homem integral,
dentro de si, sem procurar a dieta da felicidade fora de
si, no materialismo anestesiante.
Fazendo uma viagem pela história recente da Humanidade,
Divaldo abordou a psicologia transpessoal, desta chegou
à ciência do Espírito, hoje prova irrefutável,
convidando os presentes ao autoamor, ao amor ao próximo,
ao perdão, à compreensão, à tolerância, à alegria de
viver no serviço ao próximo, sem esperar receber
qualquer recompensa.
Tal semeadura faz-se obrigatória, para que amanhã
possamos fruir da “dieta” do Homem integral, que nos
livrará definitivamente das gorduras e inconvenientes do
orgulho, da vaidade, do egoísmo e de todos os defeitos
que ainda carregamos, neste planeta de provas e
expiações, em trânsito milenar para um planeta mais
feliz, de regeneração.
O banquete terminou com o lindo poema do Espírito Amélia
Rodrigues, o poema da gratidão, seguido de prologada
ovação do público, agora com o “estômago espiritual”
mais recomposto.
Divaldo Franco diz a um ou outro que ainda pretendia um
autógrafo: “até Outubro” (altura em que vai
decorrer o Congresso Internacional de Espiritismo em
Lisboa), e lá foi o semeador de estrelas, porta fora,
numa noite em que a única estrela que se vislumbrava era
ele próprio, numa espécie de “complot” da
Natureza, que fez questão de omitir as estrelas da
abóboda celeste com as nuvens, para que esta estrela de
duas pernas brilhasse mais um pouco nos nossos corações.
E lá foi ele, saindo de novo a semear, em direcção a
terras de “nuestros hermanos”…