Se a honestidade é prática imperiosa para todo ser
humano, que dirá para um espírita cristão?
Matutemos um pouco sobre a probidade moral (honestidade)
principalmente de dirigentes e trabalhadores das hostes
religiosas. O assunto é inquietante para alguns, ante as
evidências de incoerências éticas. Uma delas,
seguramente das mais patéticas, refere-se a líderes
cristãos em que alguns enriquecem, outros ficam
milionários, quase sempre à custa do dinheiro arrecadado
dos devotos.
Acresce-se, aqui, uma observação: Não somos o primeiro,
o único, ou o último a divulgar esse cortejo de vícios,
todavia, a mídia, frequentemente, anuncia e expõe tais
fatos, francamente, abomináveis e com grande repercussão
negativa.
Proferimos palestras em várias casas espíritas sobre
esse tema e destacamos da tribuna que o lídimo cristão é
honesto em tudo o que banca. Se alguém deve um centavo
que seja, obrigatoriamente, tem que quitar esse débito
com seu credor, por simples questão de integridade
moral. Não se pode "fingir" que deslembrou tal dívida
(quer seja de um centavo).
Por elevadíssima razão é indispensável haver
transparência na prestação de contas, mensalmente, com
os contribuintes da casa espírita. Cremos que é simples
obrigação afixar, no 'quadro de avisos' ao
público, a comprovação da correta aplicação dos recursos
recebidos.
Os dirigentes que assim procedem veem patenteadas a
credibilidade da instituição que administram e a pureza
de suas intenções. Por outro lado, evitam-se rumores, do
tipo: - "fulano (a) está cada vez mais rico (a)"; -
"sicrano (a) construiu uma mansão com o dinheiro doado
ao centro" e, - "beltrano (a) comprou um carro do ano,
caríssimo" e assim vai...
Aconteceu conosco. Certa vez, após uma palestra sobre o
“incômodo” tema, houve rumores nos corredores do centro,
alguns dirigentes da casa nos arremessaram saraivadas de
'chumbo grosso' pela maledicência. “Fraternalmente”
proscreveram-nos da escala de oradores. Porém, tal
decisão em nada nos afetou, mesmo porque isso implicaria
em que admitíssemos contemporizar com as artimanhas
obscuras que faziam com dinheiro dos frequentadores.
Nós nos surpreendemos com as atitudes de alguns deles,
desarmonizados moralmente, mas são confrades que fingem
gestos de “santidade”, usam palavras “dóceis”, olhares
de superioridade, julgam-se donos da verdade,
determinando normas de conduta sem sustentáculo
doutrinário para exemplificá-las.
É evidente que ficamos atônitos e envergonhados quando
sabemos pela imprensa que algumas instituições
"filantrópicas" desviam recursos, emitem recibos
forjados de falsas doações etc..
Há centros que dão, até, uma 'ajudazinha' aos confrades,
driblando o Imposto de Renda retido na Fonte...
imaginem!
Instituições outras recebem, à guisa de doações, roupas,
calçados, alimentos, eletrodomésticos etc., e os
dirigentes se apropriam delas, com a maior naturalidade.
Temos conhecimento de instituições que aceitam doações
até de objetos valiosos e que os dirigentes se apropriam
dos melhores, é claro, antes de os exporem em bazares
ditos "beneficentes", objetivando arrecadar fundos para
obras "assistenciais".
Daí, indagamos: isso é fruto da “minha” imaginação?
Será que estamos obsedados ao abordar tal assunto?
Não, meus irmãos! Estamos completamente conscientes da
responsabilidade cristã. A prudência continua sendo a
nossa melhor conselheira. É imperioso salientar que
nossos argumentos não estão sendo direcionados para a
instituição A, B, ou C. Dirigimo-nos a todas,
indistintamente, como alerta geral.
Difundimos esses alertas sem expor esse ou aquele grupo
espírita, mas, por questão de consciência ética,
acreditamos que um autêntico espírita tem que ser fiel
aos princípios que a doutrina estabelece, e saber que
HONESTIDADE é prática IMPERIOSA para todo ser humano.
Que dirá, para um espírita cristão?
Portanto, que seja definitivamente esconjurado todo e
qualquer subterfúgio que tente justificar sistêmicas
concessões fraudulentas, como se fossem naturais para
certas ocasiões.
As falanges do mal de cá e do além-túmulo se organizam
para obstruir muitos projetos cristãos. Os obsessores
(encarnados e desencarnados) são inteligentes,
organizados, e vão dando um passo de cada vez, por
conhecerem muito bem os pontos vulneráveis dos incautos.
É urgente advertir sobre a obrigatoriedade da conduta
honesta para que o ideal espírita seja cada vez mais
ético, transparente, consoante os preceitos
estabelecidos por Kardec e Jesus.
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