Em entrevista feita por Newton Boechat em junho de 1979,
perguntou-se ao Chico se a todo indivíduo é determinada
a data de seu desencarnação. Ele pode prorrogá-la ou
antecipá-la?
Costuma-se dizer na linguagem popular que “o que morre na
véspera é peru”. Chico respondeu que, em face das informações
que lhe têm chegado de entidades preclaras, cultas,
substanciosas, a criatura pode desencarnar, antes, durante ou
depois. Aqueles que enfraquecem as suas organizações espirituais
e que se tornam desmazelados de corpo e alma sacam por
antecipação do fluido vital e podem ser descartados do corpo
fora da ocasião em que teriam que fazê-lo por um processo
harmonioso. Como também poderá dar-se o caso em que, tendo uma
tarefa de natureza coletiva, o espírito obtém uma moratória por
meio de fluidos de empréstimos que seres generosos lhe possam
dar, em reuniões próprias de efeitos físicos e, assim,
recarregar as baterias, a fim de que se alongue no corpo físico.
O médium citou então o exemplo do professor Ismael Gomes Braga,
que estava nos seus 64 ou 65 anos, muito doente, quase às portas
da desencarnação, quando procurou o Centro Espírita Luiz
Gonzaga, em Pedro Leopoldo (MG), e Emmanuel lhe disse que ele
receberia uma suplementação de energia vital, em grupo de
materialização e efeitos físicos no Rio de Janeiro, a fim de que
se lhe alongasse a existência por mais 20 anos, para que ele
pudesse ampliar sua tarefa no campo do Esperanto e da Doutrina
Espírita. Pois bem, o professor, que naquela ocasião estava
bastante desfalcado de sua saúde, foi-se recompondo devagarinho,
em atividades próprias de mediunidade, com a transfusão de
energias físicas de companheiros saudáveis para ele e viveu até
os 85 ou 86 anos.
Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino
Nobre.
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