Você
está
habituado
a orar?
Tudo o
que se
pretender
introduzir
como
regra ou
norma de
conduta
durante
o curso
da vida,
acrescentando
ou
corrigindo
o que
está em
pleno
vigor,
terá que
ser,
irremediavelmente,
submetido
ao crivo
da mente
instalada
nesse
poderoso
conjunto
a que
chamamos
centro
coronário
e centro
cerebral,
em
qualquer
época da
vida.
Assim
dizemos
porque
haverá,
certamente,
um grau
qualquer
de
dificuldade.
Isso se
deve
como
consequência
natural,
porque o
valor do
novo
pensamento
a ser
posto em
prática,
independentemente
de sua
importância,
não o
credencia
de
pronto
uma vez
que já
se está
acostumado
com o
que tem,
com o
cotidiano.
Tudo o
que
estiver
fora
desse
contexto
é
considerado
como
extra,
como
novidade,
até
integrar-se
efetivamente
ao todo.
Portanto,
assim
considerando,
pode
parecer
estranho
que o
objeto
deste
trabalho,
a
oração,
esteja
ao menos
em sua
fase
inicial,
concorrendo
em
muitos
casos no
mesmo
nível de
igualdade
com
outros
compromissos
e
deveres
que
fazem
parte da
atividade
pessoal
de cada
ser. O
porquê
disso?
Sim, há
uma
razão,
uma
lógica,
pois
estando
a oração
ou a
prece
ligada à
religiosidade,
à
espiritualidade,
de
conformidade
com um
percentual
elevadíssimo
de
pessoas
ouvidas,
ela não
faz
parte de
qualquer
instante
dentre
as 24
horas
dos
assuntos
pessoais
incorporados
ao dia a
dia dos
que
estão
encarnados,
dos que
estão
vivendo
na
Terra.
Mas há
um grave
erro ao
pensar
dessa
forma.
Somos
Espíritos
e
eviternos;
e como
tal,
nunca
deixaremos
de
sê-lo.
Se aqui
estamos,
é na
condição
temporária
de
encarnados
e com a
roupagem
específica
e
apropriada
a esta
área de
trabalho.
Fugir de
uma
realidade
não nos
parece
sadio.
Assim
sendo,
quando
chega o
momento
do sono,
ao
recolher-se
para o
descanso
e
reposição
das
energias
consumidas,
deve
haver o
instante
dedicado
à
espiritualidade,
quando o
coração
se
manifesta
em
oração
ao
Senhor
da Vida
e dos
Mundos,
como
força
suprema
do
Universo,
em
agradecimento
e louvor
pela
graça
dos
feitos
nesse
lapso de
tempo.
Cada dia
pode ser
semelhante
no mundo
todo,
mas não
é igual
para
ninguém.
Também
proceder
da mesma
maneira
ao
levantar-se,
reconhecendo
que
acordar
por aqui
significa
renovação
da
contínua
oportunidade
do
exercício
da vida
neste
campo de
provas.
Não
ignorar
que cada
dia da
vida
será
sempre
um dia a
mais e
paradoxalmente
um dia a
menos; a
menos
porque o
momento
consagrado
à
partida
já foi
determinado
antes
mesmo da
chegada
ao mundo
e, a
mais,
pelo
fato do
futuro
não ser
dado a
conhecer
a
ninguém.
Enfim,
por que
a prece
é
importante?
Os
instrutores
nos dão
respostas
e estas
são
apenas
algumas
delas
nos
revelando
o valor
desse
sagrado
e muito
importante
instante:
"O
primeiro
dever de
toda
criatura
humana,
o
primeiro
ato que
deve
assinalar
o seu
retorno
à
atividade
diária,
é a
prece"(1);
“Orar é
banhar-se
de
luz”(2)
e “Orar
é
inundar-se
de
forças
poderosas
do mundo
invisível
para
atuar
com
segurança
no mundo
das
formas
visíveis”(3).
"Quando
quiserdes
orar,
entrai
para o
vosso
quarto
e,
fechada
a porta,
orai ao
vosso
Pai em
segredo;
e vosso
Pai, que
vê o que
se
passa,
em
segredo
vos dará
a
recompensa"
-
Mateus,
6: 6.
O
Espiritismo
nos faz
compreender
a ação
da
prece,
ao
explicar
a forma
de
transmissão
do
pensamento,
seja
quando o
ser a
quem
oramos
atende
ao nosso
apelo,
seja
quando o
nosso
pensamento
se eleva
a ele.
Para
compreender
o que
ocorre
nesse
caso é
necessário
imaginar
todos os
seres
encarnados
e
desencarnados
mergulhados
no
fluido
universal
que
preenche
o
espaço,
assim
como na
Terra
estamos
envolvidos
por essa
idêntica
atmosfera.
Dela
absorvemos
pela
respiração
o
oxigênio
para a
sobrevivência
e também
o fluido
magnético,
nele
composto,
e
matéria
vibrante
de muito
valor.
Esse
fluido é
impulsionado
pela
vontade,
pois é o
veículo
natural
do
pensamento,
como o
ar o é
do som,
com a
diferença
de que
as
vibrações
do ar
são
circunscritas,
enquanto
as do
fluido
universal
se
ampliam
ao
infinito.
A
energia
dessa
corrente
guarda
proporção
com a do
pensamento
e da
vontade.
É assim
que a
prece é
ouvida
pelos
Espíritos,
onde
quer que
eles se
encontrem
(4).
Levando
em conta
que a
oração
ou a
prece é
uma
invocação,
por ela
nos
colocamos
em
sintonia
mental
com o
ser ao
qual nos
dirigimos.
Ela pode
ter por
objeto
um
pedido,
um
agradecimento
ou um
louvor.
Podemos
orar por
nós
mesmos
ou pelos
outros;
pelos
vivos ou
pelos
mortos.
Cabe
aqui
destacar
um
importantíssimo
relato
feito
por
Allan
Kardec
há 155
anos,
descrevendo
a
maneira
como as
rogativas,
através
da prece
(ou
oração),
chegariam
ao
destinatário.
Somente
a partir
do ano
de 2006
é que a
Ciência,
pesquisando
o poder
da mente
para
outras
finalidades
médicas,
comprovou
que
bilhões
de
neurônios
entram
em
atividade
compulsiva
através
da
simples
concentração
do
cérebro.
Muito se
falou e
se
mostrou
sobre
isso. O
processo
inicial
relaciona-se
a
eletrodos
ligados
na
cabeça
de
pessoas
tetraplégicas,
em
pontos
especiais,
os quais
transmitem
sinais a
mãos ou
braços
biônicos
para que
atendam
aos
impulsos
do
pensamento.
Com esse
maravilhoso
resultado
constatou-se
que os
neurônios,
quando o
cérebro
recebe
uma
ordem,
emitem
descargas
positivas
as quais
formam
poderoso
campo
eletromagnético
cujo
fluido
resultante
é o
condutor
do
sentimento
que lhe
deu
origem.
Essa
descoberta
científica
veio
ratificar
o que
Kardec
já havia
dito n'O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
em sua
primeira
edição
em Abril
do ano
de 1864:
"Quando,
pois, o
pensamento
se
dirige
para
algum
ser, na
Terra ou
no
espaço,
de
encarnado
para
desencarnado
ou
vice-versa,
uma
corrente
fluídica
se
estabelece
de um a
outro,
transmitindo
o
pensamento,
como o
ar
transmite
o
som"(5).
Complementando
a
informações
sobre a
eficiência
e
eficácia
da prece
ou da
oração,
reproduzimos
a
explanação
que
André
Luiz
recebeu
de seu
orientador,
quando
se
encontrava
em
excursão
por
certas
regiões
da Terra
em
amparo a
grupo de
trabalho
mediúnico:
"– Assim
como o
corpo
físico
pode
ingerir
alimentos
venenosos
que lhe
intoxicam
os
tecidos,
também o
organismo
perispiritual
pode
absorver
elementos
de
degradação
que lhe
corroem
os
centros
de
força,
com
reflexos
sobre as
células
materiais.
Se a
mente da
criatura
encarnada
ainda
não
atingiu
a
disciplina
das
emoções,
se
alimenta
paixões
que a
desarmonizam
com a
realidade,
pode, a
qualquer
momento,
intoxicar-se
com as
emissões
mentais
daqueles
com quem
convive
e que se
encontrem
no mesmo
estado
de
desequilíbrio.
Às
vezes,
semelhantes
absorções
constituem
simples
fenômenos
sem
maior
importância;
todavia,
em
muitos
casos,
são
suscetíveis
de
ocasionar
perigosos
desastres
orgânicos.
Isto
acontece,
mormente
quando
os
interessados
não têm
vida de
oração,
cuja
influência
benéfica
pode
anular
inúmeros
males.
Indicou
o
coração
de carne
da irmã
presente
e
continuou:
– Esta
amiga,
na manhã
de hoje,
teve
sérios
atritos
com o
esposo,
entrando
em grave
posição
de
desarmonia
íntima.
A
pequena
nuvem
que lhe
cerca o
órgão
vital
representa
matéria
mental
fulminatória.
A
permanência
de
semelhantes
resíduos
no
coração
pode
ocasionar-lhe
perigosa
enfermidade"(6).
Esse
relato
do
benfeitor
pode ser
facilmente
confirmado,
pois vem
de
encontro
com a
realidade
dos
fatos.
Embora
cite
apenas
um
exemplo,
também
muito
comum,
constata-se
uma
série de
desconfortos,
inconveniências
e
contratempos
que
poderiam
ser
perfeitamente
equilibrados
ou
eliminados
se extinto
fosse o
distanciamento
criado
pela
própria
pessoa
em
relação
ao campo
poderoso
da
espiritualidade
nesse
Universo
infinito.
"A prece
aproxima
do
Altíssimo
o homem;
é o
traço de
união
entre o
céu e a
Terra:
não o
esqueçais."(7)
Referências:
(1) e
(4) O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
de Allan
Kardec -
Cap.
XXVII nº
22 - Ed.
LAKE.
(2) e
(3) Calvário
de
libertação,
de
Victor
Hugo,
por
Divaldo
Franco.
(5) e
(7) O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
de Allan
Kardec -
Cap.
XXVII e
Cap. II
nº 8 -
Ed.
LAKE-SP.
(6) Missionários
da luz,
de André
Luiz,
por
Chico
Xavier -
Cap. 19
- Ed.
FEB-RJ. |