Tema: Alegria, amizade
A alegria da Joaninha
Afinal chegou o grande dia. O dia da festa na casa da
Lagartixa.
Dona Joaninha estava feliz. Queria ir muito bonita.
Por isso, colocou uma fita na cabeça, uma faixa na
cintura, muitas pulseiras nos braços e levou um leque
para se abanar.
No caminho, encontrou Dona Formiga. Ela não podia ir à
festa porque acabara de fazer mudança e nem conseguira
se preparar.
Bom, isto não é problema,
foi dizendo Dona Joaninha.
Tirou a fita de sua cabeça e a ofereceu para Dona
Formiga que, feliz, decidiu ir à festa.
Mais adiante, encontraram Dona Aranha. Ela tivera muitas
despesas no mês e não pudera se preparar para a festa.
Mas, Dona Joaninha logo deu um jeito. Emprestou suas
pulseiras, que ficaram lindas em Dona Aranha.
As três, radiantes de felicidade, seguiram rumo à festa.
Um pouco adiante, encontraram a Taturana. Morrendo de
calor. Estava com tanto calor que nem tinha disposição
para ir à festa da Lagartixa.
Dona Joaninha se ofereceu para emprestar o seu leque. E
lá se foi também a Taturana, muito alegre, se abanando
com o leque, para a festa.
Logo depois, deram de cara com a Minhoca. Ela confessou
que não tinha uma roupa boa para vestir e por isso não
iria para a festa.
Dá-se um jeito,
disse Dona Joaninha. E emprestou a sua faixa, com a qual
a Minhoca ficou elegante.
Finalmente, chegaram à festa. Dona Joaninha estava tão
feliz com a alegria das outras, que nem reparou ter dado
tudo o que ela havia posto para ficar mais bonita.
E, na festa, ela deixou vazar esta alegria pelos olhos,
no sorriso, em tudo que dizia. E isso a fez a mais linda
da festa.
Ninguém se divertiu, nem dançou mais do que ela.
Foi então que a Joaninha descobriu que para a gente
ficar bonita e se divertir não precisa se enfeitar toda.
Basta ter o coração bem alegre, que a alegria de dentro
deixa a gente bonita por fora.
Texto publicado no jornal “Mundo
Espírita”, junho de 2007.