Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

No final do ano de 1941, o mentor de Chico Xavier cientificou-o de que “algumas autoridades espirituais” desejavam realizar um trabalho de despertamento, de conscientização, através de páginas que falem da realidade da vida espiritual. E, logo depois, Chico viu a seu lado um novo amigo. Era André Luiz que se aproximava do médium, em companhia de Emmanuel.

Assim Chico Xavier se referiu ao fato:


Dentro de algum tempo, familiarizei-me com esse novo amigo. Participava de nossas preces, perdia tempo comigo, conversando. Contava-me histórias interessantes e muitas vezes relacionou recordações do Segundo Império, o que me faz acreditar tenha sido ele, André Luiz, também personalidade da época referida. Achava estranho o cuidado dele, o interesse e a estima; entretanto, decorrido algum tempo, disse-me Emmanuel que estava o companheiro treinando para se desincumbir de tarefa projetada e, de fato, em 1943, iniciava o trabalho com “Nosso Lar”.


André Luiz não veio como um curioso ou um estranho. Não veio sozinho, por ele mesmo. Veio à presença de Chico Xavier trazido por Emmanuel, evidentemente dentro da programação prevista para o médium. Todas as precauções foram tomadas. A tarefa não se iniciou de imediato. O trabalho que ambos iam realizar não era um trabalho comum de psicografia. Não se realizaria como os anteriores e nem como aqueles que viriam depois. Não se tratava agora de páginas confortadoras, poéticas ou romanceadas. O labor que iam iniciar revestia-se de características especiais e exigia de ambos a melhor identificação possível. Para maior afinização, André Luiz acompanhava o médium em todas as suas tarefas e se demorava em conversações. Não havia pressa. Todos estavam cônscios de suas responsabilidades, e Chico aguardava que André Luiz estivesse pronto.


Do livro Testemunhos de Chico Xavier, de Suely Caldas Schubert.




 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita