Injustiçados pela sorte?
Pode acreditar: o
destino não é
determinado pela sorte,
ele é feito de escolhas.
Não começamos no berço;
já escolhemos a família
e o tipo de pessoa que
vamos ser como fruto de
nossas decisões
anteriores e como
oportunidade divina de
nosso crescimento.
Portanto, o nosso hoje –
como o nosso amanhã –
não é algo que devemos
ficar esperando do Alto,
porque é nossa meta a
alcançar.
Somos pessoas que deram
certo ou pessoas para
quem nada dá certo? E
culpamos os outros, os
pais, a escola, o
governo ou o país?
Aprendamos com a vida: o
acaso não existe, somos
os responsáveis perante
nós mesmos pelas
escolhas que fizemos na
vida e que resultaram no
presente.
Sem refletir, somos
levados a acreditar
nesse absurdo de “sorte
e azar”, certamente uma
crença que enfraquece
nossa autoestima, nossa
motivação e mais ainda
nossa responsabilidade
como seres humanos para
vencer e alcançar nossos
objetivos na vida. Nossa
determinação, quando
funciona de forma mais
otimista e com mais
coragem de ter sucesso
naquilo a que nos
propomos, pode
interferir muito nos
resultados de nossos
destinos.
O piloto francês Antoine
de Saint-Exupéry
(1900-1944), que foi
escritor e ilustrador,
autor do clássico da
literatura “O Pequeno
Príncipe”, escrito em
1943, um ano antes de
sua morte, na obra
revela uma grande
verdade: “Eis o meu
segredo: só se vê bem
com o coração. O
essencial é invisível
aos olhos. Os homens
esqueceram essa verdade,
mas tu não a deves
esquecer. Tu te tornas
eternamente responsável
por aquilo que cativas”.
Temos que esse órgão (o
coração) é a caixa de
ressonância de nossa
alma; quando sentimos
qualquer manifestação,
emoção de alegria,
satisfação ou tristeza,
crítica e agressão, é
ele que, comandado pelo
cérebro, se expressa em
dor ou felicidade.
A oração é um pensamento
e se espalha no
universo, através do
fluido cósmico
universal, ao encontro
do Criador. Estejamos
atentos e ouçamos mais o
nosso coração, pois é
nele que Deus costuma
deixar as respostas das
nossas petições.
Cuidemos de mantê-lo
equilibrado e puro – sem
mágoas, sem ambições
descabidas, sem orgulho
desnecessário,
ressentimentos e
ansiedades. Lembrando
que quem recebe deve e
muito, devemos gratidão
ao nosso Pai, a Quem
somente podemos
retribuir através de
pensamentos e ações de
fraternidade ao nosso
próximo.
Somos livres para
escolher o nosso céu ou
então a prisão ao nosso
destino pelos equívocos
que produzimos.
O Globo, de 29.08.2019,
destacou: “Cabral é
condenado pela 11ª. vez
na Lava-Jato, e penas já
somam 234 anos”. A
pergunta que fica:
quantas vidas corporais
uma pessoa em
semelhantes
circunstâncias precisará
para quitar essa dívida?
A mulher desse
ex-mandatário condenado
por corrupção está fora
da prisão para cuidar
dos filhos, porém não
consegue escapar da
consciência e não pode
evitar a pergunta: “Mãe,
por que o papai foi
condenado a tantos
anos?”.
A corrupção é comparada
à droga, ela vicia,
causa dependência e
compulsão mental e
espiritual de querer
mais e acumular
vantagens materiais e
poder.
Cada um transborda o que
tem dentro de si, de sua
alma e de seu coração.
Sigamos o exemplo do
Cristo. Procuremos dar o
melhor de nós, a doação
de nosso amor pelo
desprendimento emocional
e material.
Arnaldo Divo Rodrigues
de Camargo é bacharel em
direito com
especialização em
dependência química pela
USP/SP/GREA.