Terapêuticas das moléstias mentais e
espirituais na casa espírita
Em meados do século passado, a intensa “psiquiatrização”
dos tratamentos mentais foi reforçada com o aparecimento
dos primeiros neurolépticos (drogas lipossolúveis, e,
com isso, têm facilitadas sua absorção e penetração no
Sistema Nervoso Central.), caracterizando o seu uso
abusivo e indiscriminado, tornando a doença mental
crônica e incapacitante.
Por outro lado, apesar das preterições científicas da
escola materialista, há muitas evidências de que o
processo obsessivo (caracterizado por manipulações e
interposições de fluidos tóxicos) exerce papel
importante na fisiopatogenia das doenças no corpo físico
e espiritual, e, às vezes, evoluindo com quadros de
distúrbios mentais gravíssimos.
A obsessão, sob qualquer modalidade que se apresente, é
enfermidade que exige terapia especializada, de segura
aplicação e de resultados que não se fazem sentir
apressadamente. A ação fluídica do obsessor sobre o
cérebro, se não for removida a tempo, dará,
necessariamente, em resultado, o sofrimento orgânico
daquela víscera, tanto mais profundo quanto mais tempo
estiver sob a influência deletéria daqueles fluidos.
Em todas as épocas da história das civilizações
existiram psicopatas que sofriam influências nefastas de
obsessores, e, em alguns casos, envolvendo personagens
que se celebrizaram por seus atos. Vejamos:
Nabucodonosor II, rei dos Caldeus, sofreu uma
licantropia e pastava no jardim do palácio, como um
animal. Tibério, envolvido por muitos Espíritos
cobradores, cometeu muitos deslizes, com muita
malignidade.
Calígula e Gengis-Khan marcaram presença, em função de
suas aberrações psicóticas. Domício Nero, em função de
grandes desequilíbrios psíquicos, entre tantos
equívocos, mandou assassinar a mãe e sua esposa, e,
depois, as reencontrava em desdobramentos.
Dostoievski sofria de ataques epilépticos. Nietzsche
perambulou pelos asilos de alienados. Van Gogh cortou as
orelhas num momento de insanidade e as enviou de
presente para sua musa inspiradora, findando,
posteriormente, a vida, com um tiro. Schumann, notável
compositor, atirou-se ao Reno, sendo salvo pelos amigos
e internado num hospício, onde ele encerrou a carreira.
Edgar Allan Poe sucumbiu arrasado pelo álcool e tendo
visões infernais.
Urge que a casa espírita respeite as orientações dos
profissionais da área de saúde, evitando equívocos como:
fazer diagnósticos, trocar e/ou suspender medicamentos
e, às vezes, tornar o quadro dos pacientes mais graves
que verdadeiramente o são. Compete à medicina, ao tratar
seus pacientes, admitindo a hipótese de obsessão, ainda
que não comprovada, academicamente, pedir ajuda às casas
espíritas que exercem suas atividades com objetivos
sérios, seguindo os postulados do Cristo e os preceitos
da Doutrina Espírita.
Considerando que nem sempre os resultados são imediatos,
não devemos nos esquecer da importância de um diálogo
franco e aberto com a família, principalmente, tendo o
cuidado de não induzir falsas esperanças e curas
miraculosas, e, sim, direcionar orientações específicas,
apontando todas as dificuldades que o caso possa
apresentar.
Para tratamentos das doenças, de uma forma geral, é
fundamental que se considere a existência do
perispírito. É por seu intermédio que o Espírito
encarnado se acha em relação contínua com os
desencarnados. O perispírito é o órgão sensitivo do
Espírito, por meio do qual este percebe coisas
espirituais que escapam aos sentidos corpóreos.
Urge, mais uma vez, deixar bem claro que o tratamento
espiritual, oferecido na Casa Espírita, não dispensa
tratamento médico. O prognóstico, de modo geral, poderá
ser bom ou ruim, considerando todos os fatores
envolvidos, especialmente, o interesse do obsidiado em
profundas transformações íntimas e a boa vontade da
família em dar-lhe toda a assistência possível sob todos
os aspectos.
A Doutrina Espírita, aliada às Ciências Médicas, poderá
se entender não se contradizendo, mas de mãos dadas,
caminhando juntas, buscando todos os recursos
disponíveis no sentido de abrandar o sofrimento do
doente.
Atualmente, uma excelente proposta para tratamento dos
portadores de doenças psíquicas é a participação em
reuniões de desobsessão que têm por objetivo atender aos
enfermos envolvidos no conflito obsessivo.
No caso do obsidiado, tem por finalidade a análise das
parasitoses mentais e do corpo físico. No caso do
obsessor, ele terá a oportunidade de comparecer à
reunião, onde deverá ser recebido com muito amor,
visando à doutrinação, para que possa compreender os
erros do irmão e assim encontrar forças para perdoar.
Recordamos que o passe magnético, sem dúvida, é de muita
importância no tratamento desses irmãos, considerando a
oportunidade de polarização de fluidos, dissipando
fluidos tóxicos e interpondo fluidos benéficos.
Sugerimos, no contexto, o valor indiscutível da água
magnetizada (fluidificada) – que é de grande
importância, também, no reequilíbrio do doente,
considerando que nela são introduzidos fluidos
potencializados pelas emanações de energias provindas
das irradiações de minerais, vegetais e animais.
Indispensável, igualmente, é o Estudo do Evangelho no
Lar, considerando a oportunidade de leitura do Evangelho
e a reflexão sobre seu conteúdo, além das preces que
poderão ser proferidas, permitindo crescimento interior,
o exercício da fé, gerando transformações ao nível de
renúncias de viciações e paixões inferiores, permitindo
a vigilância do Ser em seus pensamentos, palavras e atos
e muitos outros benefícios que, aos poucos, vão
aperfeiçoando o Espírito.
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