Em tempos de pandemia e o mundo
cada vez menor
Desde que o coronavírus (COVID-19) foi
considerado pandemia pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), tenho observado que o mundo, no
quesito de humanidade, vai-se tornando cada vez
menor. Tipo uma pequena cidade onde cada um sabe
da vida do outro e vice-versa. Onde os hábitos
de um acabam influenciando os demais. Rotina das
pequenas cidades que de repente é alterada,
devido à presença de invasores.
Os pensamentos vão-se unindo na busca da solução
do problema em pauta. Governos, autoridades de
saúde, imprensa e demais segmentos da sociedade
mundial se empenham diuturnamente nas medidas de
precaução contra o avanço do referido vírus.
Parece que já estamos todos falando a mesma
língua, em idiomas diferentes.
Na realidade, percebo que já estávamos
fisicamente isolados. Embora em contato
constante do ponto de vista virtual, os
pensamentos estavam cada vez mais distantes.
Cada um na sua. Cada qual defendendo o que é seu
e pronto. Perdendo tempo com atitudes
preconceituosas e desrespeitando a opinião do
outro.
A psicosfera se encontrava pesadíssima.
Agora o que se percebe, e o que vejo, é que
fomos colocados ao despertar com a realidade do
que somos realmente. Frágeis e fragilizados. Oportunidade
para aprendermos a lidar com as próprias
fragilidades, a amar a si mesmo e aos
semelhantes, os próximos e os distantes, estar
de bem com a Natureza.
É bem verdade que, se não aprendemos com as
lições do amor, aprenderemos com as lições da
dor; ainda mais em tempos de pandemia, quando o
mundo se torna cada vez menor.