Chico Xavier recebera um convite reiterado para assistir
a uma solenidade que um Centro Espírita de determinado
lugar, um pouco distante de Belo Horizonte, realizaria.
A carta-convite, assinada pelos diretores do Centro,
contendo encômios à pessoa do médium, dizia que sua
presença era indispensável... O médium pensou muito
naquele adjetivo e sentiu a preocupação dos irmãos
distantes, ansiosos pela sua presença. Certamente iria
realizar uma grande missão. E não relutou mais. Junto ao
seu bondoso chefe, justificou sua ausência por dois
dias, comprou passagem na Central do Brasil e partiu. No
meio da viagem, quando já sonhava com a chegada, antes
sentindo a alegria dos irmãos, Emmanuel lhe aparece e
diz:
— Então, você se julga INDISPENSÁVEL e, por isso, rompeu todos
os obstáculos e viaja assim como quem, por isto mesmo, vai
realizar uma importante tarefa.... Já refletiu, Chico, que o
serviço do ganha-pão é indispensável a você? Pense bem...
Chico Xavier pensou... E, na próxima estação, desceu do trem e
tomou outro de volta...
A lição foi compreendida.
Seus irmãos de mais longe, com seu não comparecimento,
compreenderam-na também...
Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
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