Não seria melhor se parapsicólogos e pesquisadores, em
vez de simplesmente negarem ou tentarem explicar os
fenômenos paranormais como meras emanações do
subconsciente, frequentassem nossas sessões espirituais?
Por volta de 1954, um ilustre sacerdote pediu licença ao Chico
para assistir a uma das sessões públicas no seu humilde Centro,
em Pedro Leopoldo. Esclareceu que obtivera antes licença
especial de seu superior para o trabalho que pretendia fazer. Já
havia escrito um livro condenando o Espiritismo e sabia-se estar
preparando um outro com o mesmo objetivo. Disse-lhe Emmanuel:
«Ele veio ver-nos com muito respeito e não deve ser deixado de
lado”.
Chico Xavier convidou-o a sentar-se a seu lado, e assim foi
feito. Chico iniciou as consultas e, súbito, começou a sentir um
frio que vinha da direção dele. Para tranquilizar, Emmanuel
explicou que o padre rezava um terço meio às ocultas, mas Chico
continuava a sentir como que umas pontas de agulhas, umas
lâminas frias. A surpresa, porém, estava reservada para o final,
quando chegou a mensagem, com mais ou menos 40 páginas
psicografadas, de autoria espiritual de alguém que fora muito
chegado ao coração do padre.
Como de hábito, a mensagem foi lida em voz alta e o texto era
uma conclamação ao nosso amigo visitante a que se preparasse
para trabalhar em certa zona espiritual carente de
esclarecimento, e dando outros dados de seu conhecimento.
Finda a sessão, foi indagado ao respeitável visitante:
— O senhor aceita a mensagem?
— Aceito perfeitamente por achá-la autêntica.
— Padre, o senhor tem medo da morte?
— Não, medo propriamente, não tenho. Mas eu queria me
certificar. Soube-se depois que não escreveu o tal segundo
livro.
Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino
Nobre.
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