“(...) Ismael até hoje não apareceu. Continuo a
esperá-lo. Quem está aqui é o nosso irmão .......
......., aquele jornalista de ....... Estás lembrado?
Ele vem fazendo, há muito, grandes publicações
perturbantes. Confidencialmente digo-te que ele deve ser
terrivelmente obsidiado. É uma ‘tragédia volante’ esse
nosso confrade. Está aqui e não sei quando sairá. Já
prevejo a confusão que ele vai fazer comigo pelo jornal.
Mas louvado seja Deus. Ê a única frase que posso
empregar.“
Chico recebe uma visita. Mas nem sempre as pessoas que o visitam
têm uma finalidade pacífica, benéfica ou edificante. Alguns o
visitam com o fim de perturbá-lo. Instalam-se ao seu lado e vão
criando confusões de diferentes maneiras. Agem como verdadeiros
obsessores encarnados e autênticos instrumentos das trevas. No
transcurso dos anos, muitos desses irmãos se aproximaram de
Chico, que os tolerou com paciência verdadeiramente evangélica.
No episódio acima, Chico resguarda-se na confiança em Deus e
espera os resultados.
“Agradeço-te as notícias da passagem do Dr. Guillon pelo teu
grupo. De mim para comigo, creio que as reuniões familiares,
íntimas, estão revestidas de admirável poder. (...) Achei graça
no recado do ......... ‘Para poucos que auxiliam, temos sempre
milhões que criticam’, conforme diz o nosso prezado Emmanuel.
(...)”
No trecho final, Chico emite sua opinião a respeito das reuniões
familiares, íntimas. Evidentemente Chico está-se referindo ao
alto grau de afinização que é possível conseguir-se em certas
reuniões familiares, o que as torna propícias para a aproximação
de Amigos Espirituais. No caso em foco, são as reuniões do grupo
familiar de Wantuil de Freitas. A última frase, que é de
Emmanuel: “Para poucos que auxiliam, temos sempre milhões que
criticam”, é muito atual e oportuna, expressando uma realidade
que vige em todas as épocas. Os críticos continuam proliferando,
estão em toda parte, enquanto que os trabalhadores, em número
muito reduzido, prosseguem a sua tarefa. Muitos críticos estão
sempre cobrando, reprovando, verberando e, invariavelmente,
dizem que poderiam fazer melhor. Um outro tipo de críticos são
os que idealizam algum trabalho, mas não perdem o vezo de
fiscalizar os companheiros, enxergando defeitos e falhas em
todas as atividades que estes realizam. Nessa mesma carta Chico
nos mostra como agir: prosseguir trabalhando, com paciência, fé
e perseverança.
Do livro Testemunhos de Chico Xavier, de Suely Caldas
Schubert.
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