Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

“(...) Ismael até hoje não apareceu. Continuo a esperá-lo. Quem está aqui é o nosso irmão .......  ......., aquele jornalista de ....... Estás lembrado? Ele vem fazendo, há muito, grandes publicações perturbantes. Confidencialmente digo-te que ele deve ser terrivelmente obsidiado. É uma ‘tragédia volante’ esse nosso confrade. Está aqui e não sei quando sairá. Já prevejo a confusão que ele vai fazer comigo pelo jornal. Mas louvado seja Deus. Ê a única frase que posso empregar.“

Chico recebe uma visita. Mas nem sempre as pessoas que o visitam têm uma finalidade pacífica, benéfica ou edificante. Alguns o visitam com o fim de perturbá-lo. Instalam-se ao seu lado e vão criando confusões de diferentes maneiras. Agem como verdadeiros obsessores encarnados e autênticos instrumentos das trevas. No transcurso dos anos, muitos desses irmãos se aproximaram de Chico, que os tolerou com paciência verdadeiramente evangélica. No episódio acima, Chico resguarda-se na confiança em Deus e espera os resultados.

“Agradeço-te as notícias da passagem do Dr. Guillon pelo teu grupo. De mim para comigo, creio que as reuniões familiares, íntimas, estão revestidas de admirável poder. (...) Achei graça no recado do ......... ‘Para poucos que auxiliam, temos sempre milhões que criticam’, conforme diz o nosso prezado Emmanuel. (...)”

No trecho final, Chico emite sua opinião a respeito das reuniões familiares, íntimas. Evidentemente Chico está-se referindo ao alto grau de afinização que é possível conseguir-se em certas reuniões familiares, o que as torna propícias para a aproximação de Amigos Espirituais. No caso em foco, são as reuniões do grupo familiar de Wantuil de Freitas. A última frase, que é de Emmanuel: “Para poucos que auxiliam, temos sempre milhões que criticam”, é muito atual e oportuna, expressando uma realidade que vige em todas as épocas. Os críticos continuam proliferando, estão em toda parte, enquanto que os trabalhadores, em número muito reduzido, prosseguem a sua tarefa. Muitos críticos estão sempre cobrando, reprovando, verberando e, invariavelmente, dizem que poderiam fazer melhor. Um outro tipo de críticos são os que idealizam algum trabalho, mas não perdem o vezo de fiscalizar os companheiros, enxergando defeitos e falhas em todas as atividades que estes realizam. Nessa mesma carta Chico nos mostra como agir: prosseguir trabalhando, com paciência, fé e perseverança.

 

Do livro Testemunhos de Chico Xavier, de Suely Caldas Schubert.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita