Nossa
transformação
Vem o ser humano de
longa jornada, através
dos tempos. Iniciou os
seus primeiros passos em
ambiente hostil e
grandes foram os
sacrifícios com que teve
que se haver, para
possibilitar a
perpetuação da espécie.
Guiado pelo instinto de
conservação, aprendeu a
lutar com a força com
que dispunha para a
obtenção do alimento e a
perpetuação da vida,
desenvolvendo, assim, o
seu lado guerreiro.
Ainda há poucos milênios
a lei oficial era a do
olho por olho, dente por
dente.
Sob a orientação dos
mensageiros divinos que
sempre o inspiraram e
premido pelas
circunstâncias, aprendeu
lentamente o convívio em
sociedade, embora
conservasse o instinto
de reagir às situações
novas ou que lhe
inspirassem medo, com a
violência que
desenvolvera desde as
cavernas.
Porém, Deus o quer para
a angelitude e não o
abandona enquanto homem
quase fera. No momento
adequado, enviou Jesus,
para orientá-lo, no
sentido de que deixasse
o terreno dos instintos,
para entrar no grande e
formoso campo do
sentimento. Grande era o
passo a ser dado.
Ainda hoje não é fácil
deixarmos a
agressividade.
Respondemos muitas vezes
com o instinto a
situações adversas ao
nosso entender,
denotando que a
autoconquista está
incompleta e que o
esforço deve continuar.
Mais fácil nos é
optarmos pela violência
do que pelo perdão; nos
deixamos perpetrar por
sentimentos de vingança,
quando devemos exercitar
a compreensão. Reações
instintivas demonstram
que ainda não
abandonamos o homem
velho que existe em nós,
muito provavelmente por
não termos ainda
compreendido os
ensinamentos daquele que
deu a sua vida para
no-los trazer. Pede-nos
o Mestre que deixemos
definitivamente a lei
dos homens, do olho por
olho, dente por dente,
para vivenciarmos
integralmente a lei do
amor.
O uso da força gera mais
força. Porém a lei do
amor, quando aceita e
vivida, nos transforma
inteiramente,
iluminando-se em um
fantástico renascer, da
barbárie para o
equilíbrio universal.
A batalha da nossa
transformação pode ser
difícil, mas se
persistirmos, a vitória
nos transformará em
seres luminosos e nos
dará a liberdade de
cruzarmos o Universo,
usufruindo de tudo o que
há de mais belo nele.