A paranoia do momento
Este trabalho surge em razão do aparente quadro
desolador que se desenrola frente aos nossos olhos.
Certas catástrofes ou pragas previamente anunciadas, ou
mesmo aquelas que de surpresa surgem em certos momentos
da vida, trazem considerável desconforto e também
desequilíbrio comportamental, levando em conta que os
resultados nem sempre têm a ver com as previsões, pois
mudam radicalmente o cotidiano, como é o caso que ora
vivenciamos.
Sempre soubemos que a teoria é diferente da prática e,
na vida prática, somos testemunhas de que ela nunca é
exatamente igual à teoria, pois esta aceita tudo
enquanto que a outra, a prática, é a que traz a 'verdade
verdadeira'.
Estamos naturalmente falando desses momentos de
expectativa vividos por cada pessoa, seja no campo da
religião, de seus conceitos, de seus valores, de sua
confiança e de seus conhecimentos.
Os cristãos e espiritualistas de um modo geral adotam
vários sistemas de esclarecimentos, sempre mais
atrelados à vida material que a espiritual, para poderem
se nortear diante de quaisquer desequilíbrios, sejam
estes de cunho pessoal, familiar, social, econômico
etc....
Mas, quanto aos espíritas, e aqui me permito uma
consideração especial, levando em conta a realidade com
que a Doutrina expõe com sua clareza todos os fatos e
ocorrências possíveis de serem enfrentadas, alguns,
possivelmente por não terem compreendido a lição
recebida, estão se comportando como se os problemas ora
vividos na Terra e por toda a Humanidade estejam
surgindo em razão do despertar de forças cegas.
Nosso dever, o do espírita especialmente, é manter a
serenidade em quaisquer circunstâncias e a qualquer
custo, seja expressando o controle num simples diálogo
ou nos cuidados com os assuntos relacionados com a
morte, pois, além de nós, alguém está dependente de nós
e de nossos atos. Agir com calma, firmeza, lucidez e
temperamento comedido são pontos de fundamental
importância e só contribuem para equacionar dificuldades
ou conflitos, sejam para nós ou para os outros.
No tocante ao coronavírus ou à Covid-19, todo o cuidado
deve ser aplicado como a higiene, o contato físico e
outras providências exaustivamente propaladas pelas
autoridades da área de saúde, algumas, aliás, que já
deveriam fazer parte da vida cotidiana de todos.
Uma verdade é certa. Prega-se por mudanças, por
reclassificação de mundos ou de categorias, transição
planetária, transformação da Terra, regeneração do
planeta, de pessoas etc....
Essa anunciada pandemia não faz parte de conversas ou de
preleções, mas sim de algo catastrófico, com previsões
dolorosas, como a da existência de poucos leitos, balões
de oxigênio limitados, necrotérios lotados e sem espaço,
medicações ineficientes, restrições para todas as faixas
etárias, demissão de empregos, fechamento de empresas e
outras coisas mais. Procedimentos nunca antes realizados
estão sendo urgentemente colocados em atividade e
provocando reações diferentes em muitos que, por falta
desse necessário conhecimento, se sentem como alguém sem
crença, sem aceitação, sem conformação, sem
entendimento, sem nada consistente em que possa se
apegar, mesmo reconhecendo que tudo está sendo feito na
Terra para o reequilíbrio da situação e que não se trata
de uma ficção, mas de uma realidade. Estes agem como
desesperados, o que não poderia acontecer, pois apenas
estão vivendo um momento real do que conheciam apenas em
obras, ou mesmo por ficção.
Complicações que caminhem para a desordem psíquica com
reações desequilibradas somente trarão prejuízo à
solução de qualquer problema, em todos os sentidos.
Convém repensar sobre o assunto e não fugir de certas
responsabilidades, nem para mais e nem para menos, seja
consigo mesmo ou com o grupo que você abriga em seu
coração. Oremos para nós próprios e em benefício do
próximo, para que se fortaleçam em espírito e ânimo para
enfrentar com firmeza esses difíceis momentos.
O que estiver nos planos da espiritualidade ocorrerá,
independente de nossa interferência, e disso não se tem
dúvida alguma.
|