Obediência
O Universo é todo uma sinfonia de obediência, garantindo
os objetivos da evolução.
Obedece o Sol aos princípios do grupo estelar a que se
ajusta.
Obedece a Terra às leis em que se equilibra.
Obedece a árvore na provisão do celeiro.
Obedece a fonte nas tarefas do reconforto.
Obedece a nuvem no firmamento.
Obedece o verme no subsolo.
O Supremo Senhor concedeu ao homem a flama da razão para
o concurso consciente na sua Obra Divina e não para o
abuso da liberdade.
Ninguém perca tempo, rogando orientação aos próprios
passos no mundo.
Da Esfera Superior, culminando no Evangelho do Cristo,
em todos os Templos, fluem ensinamentos e avisos,
advertências e instruções, mensagens e apelos,
relacionando os artigos da Lei, concitando-nos todos ao
Bem Eterno.
Falta-nos simplesmente a necessária disposição à
obediência incansável, de cujo exercício decorrerá nossa
própria integração na máquina do progresso em ascensão
para a verdadeira felicidade.
Muita vez, há quem se desmande no desespero e na
injúria, à frente da irresponsabilidade, como se
escárnio e blasfêmia fossem remédio para a cura do mal.
Todavia, o cristão fiel sabe que foi chamado para
aprender e servir e, por isso mesmo, é companheiro das
vítimas da sombra sem a ela render-se.
E amando e ajudando sem repousar, converte-se em
refletor cristalino do Mestre que procuramos, cuja
glória na obediência perfeita é todo um poema de amor,
da simplicidade da Manjedoura aos sofrimentos da Cruz.
Do livro Irmão, obra psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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