Ao ser entrevistado por ocasião de seus 40 anos de
experiência mediúnica, Chico Xavier disse que essa
prática lhe demonstrou que a existência na Terra é
apenas um pedaço de vida, oferecendo-lhe ao mesmo tempo
uma alegria e uma tranquilidade que não sofreu abalo em
seu coração — a certeza de que a morte é apenas mudança
ou retorno de nós mesmos à vida espiritual, a vida
verdadeira.
Em face de tantas adversidades, acrescentou que desde muito
tempo Emmanuel, seu caro orientador espiritual, ensinou-lhe que
a crítica é necessária a qualquer trabalho sério e, à vista
disso, admite que todos aqueles que ainda não se afinam conosco
estão em melhores condições para verem os nossos defeitos, uma
vez que nossos amigos, em nos estimulando para o cumprimento de
nossas obrigações, se detêm muito mais nos bons desejos que
apresentamos, interpretando, às vezes, seus votos de melhoria
moral como realidades concretas, quando estamos apenas no
capítulo das aspirações elevadas.
Diz Emmanuel que precisamos dos amigos para acertar com os
nossos deveres e dos adversários para corrigir as deficiências
de que sejamos portadores. Mas os Espíritos Benfeitores
asseveram que devemos todos ter paciência uns com os outros,
porque um dia chegaremos à Vida Maior, na qual nos amaremos
mutuamente como verdadeiros irmãos perante Deus.
Do livro No mundo de Chico Xavier, de
Elias Barbosa.
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