O que muitos ainda não sabem
Daqui para frente muitas coisas precisarão mudar, outras
deverão ser substituídas. Elas foram necessárias, não
são mais. Algumas nem tão necessárias, mas criaram
hábitos. Já temos capacidade de compreender e agir na
“desescravização” de nós mesmos. A força do ser humano
está no Espírito e este tem que se impor sobre a
matéria.
A humanidade já foi cutucada muitas vezes ao longo da
sua história. Grandes fenômenos de ordem natural,
política, social, sanitária sempre chocaram e, de um
jeito ou de outro, provocaram reflexões. Agora, mais uma
vez o homem está sendo chamado, compulsoriamente, a
testar suas capacidades. Quero crer que o alerta no
momento é para que faça uma revisão mais atenciosa de
seus critérios de pensamento e comportamento.
A humanidade está há algum tempo numa rotatória que não
a deixa sair do lugar. Caminha, mas girando em círculos.
O homem avançou muito, inegavelmente. Porém, continua
sem saber que é Espírito imortal; sem saber qual é a
finalidade da vida; sem saber que há pessoas vivas à sua
volta, o tempo todo, só que invisíveis. Não sabe, ou
finge ignorar, o que é mais grave.
Esse conhecimento soa repetitivo e até meio óbvio para
aqueles que já refletem sobre essas questões. No
entanto, ignorá-lo faz total diferença no modo de agir e
reagir de pessoas, grupos, instituições, governos.
A Covid-19
é apenas mais um start para mudanças amplas sobre
hábitos cristalizados. Virão ainda outras situações de
repercussão local e mundial, já que, depois dessa
pandemia, os homens continuarão se relacionando uns com
os outros e criando problemas, e todos sabemos que a
profunda renovação moral que o homem precisa demanda
tempo. Ela já começou, mas está longe de terminar.
O importante é compreender o recado que essas convulsões
trazem, e que têm, dentro da sua naturalidade, o
propósito de consolidar uma nova forma de ser, de viver,
de habitar o planeta. O coronavírus certamente causará
forte impressão sobre muitos Espíritos em todo o mundo e
a humanidade dará alguns passos à frente. No entanto,
como já se disse tantas vezes, “a natureza não dá
saltos”, é bem possível que novas lições nos ponham à
prova. É apenas um palpite. A vida continua.
|