Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Uma senhora de 40 anos, muito apegada a uma irmã que veio a falecer de parada cardíaca, entubou-se de desespero. Profunda e quase irreal era a dor que sentia. Numa tarde de outono, Divaldo estava na cidade com Chico e a conflitada senhora foi procurá-lo. “Divaldo”, relata ela, “não consegui conformação na perda desta irmã. Era minha irmã confidente, minha irmã gêmea. Hoje percebo quanto a amava. O senhor tem algo a dizer que afinal me alivie? Por que devo sofrer tamanha dor?“ Ele lhe respondeu: “Minha irmã, quem ama não sofre”.

No olhar da senhora um estranho brilho se refletiu. Ela conhecia a Doutrina Espírita, sabia teoricamente o que acabara de ouvir. Sim, a morte destrói o corpo físico, a pessoa desaparece do mundo material e os nossos sentimentos se expressam através dos sentidos, embora sejam independentes do organismo. Sim, há diferença entre saber e vivenciar. Aquela pequena frase dita por Divaldo, naquelas circunstâncias, iria remotivar sua vida e dar início a uma nova etapa em sua experimentação existencial. O poder da palavra reanimadora era a mensagem que é energia na expansão da consciência. Em outras palavras, precisamos ter paciência e compreensão conosco mesmo, ante as adversidades da vida. A medicina terrestre não tem nem nunca terá remédio para a dor da saudade e a brecha do vazio existencial. São dores da alma, lá aonde não chegam os efeitos de sedativos ou barbitúricos. Inobstante, por obra da misericórdia Divina, junto com o mal, vem o remédio. Para as dores espirituais, o medicamento tem que ser espiritual.

Benditas palavras confortadoras que auxiliam no alívio dessas dores!

 

Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino Nobre.




 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita