Elucidações de Emmanuel

por Francisco Cândido Xavier

  

Comecemos


Se desejas integrar a fileira dos redentores do mundo, através da palavra escorreita e dos gestos brilhantes, não te esqueças da caridade ao próximo que se encontra mais próximo de ti.

Não esperes pelos quadros públicos de sofrimento para começar. Recorda a casa em que nasceste, a oficina em que trabalhas, a instituição de fé religiosa a que te afeiçoas, a rua em transitas...

A caridade é uma bênção que cabe em toda parte e que pode exteriorizar-se do vaso de teu coração incessantemente.

Para teus pais: é respeito e carinho.

Para teu esposo: é renúncia e bondade.

Para tua companheira: é proteção e ternura.

Para teus filhos: é auxilio e entendimento.

Para teus irmãos: é concurso fraterno em todos os instantes.

Para o teu parente transviado: é socorro e cooperação.

Para o teu superior: é reverência e boa vontade.

Para o teu subalterno: é ajuda e orientação.

Para os associados de ideal ou de crença: é solidariedade.

Para o visitante que cultiva a maledicência: é tolerância e esclarecimento sem alarde.

Para quem te insulta: é o silêncio.

Para quem te persegue: é a oração.

Para quem te calunia: é o esquecimento.

Para quem não te compreende: é amparo maior.

Para quem te despreza: é a compaixão que não se queixa.

Para quem te fere: é o perdão incondicional.

Para teu amigo: é a sinceridade sem afetação.

Para teu adversário: é a generosidade sem limites.

Não olvides que a oportunidade de trabalhar é a maior caridade que nós mesmos estamos recebendo do Senhor e, desse modo procuremos ajudar a todos os que nos cercam, facilitando-lhes a tarefa individual.

Não aguardes uma torrente de ouro para exercitar a divina virtude. Encetemos o sublime trabalho, espalhando a boa palavra e a gentileza fraterna, com aqueles que nos rodeiam de perto. Ninguém auxiliará aos irmãos de longe, sem devotar-se ao soerguimento dos mais próximos.

Lembra-te, pois, daqueles que o Senhor te confiou na luta de cada dia e comecemos a plantação do amor imortal desde hoje.


Do livro Marcas do Caminho, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita