Comecemos
Se desejas integrar a fileira dos redentores do mundo,
através da palavra escorreita e dos gestos brilhantes,
não te esqueças da caridade ao próximo que se encontra
mais próximo de ti.
Não esperes pelos quadros públicos de sofrimento para
começar. Recorda a casa em que nasceste, a oficina em
que trabalhas, a instituição de fé religiosa a que te
afeiçoas, a rua em transitas...
A caridade é uma bênção que cabe em toda parte e que
pode exteriorizar-se do vaso de teu coração
incessantemente.
Para teus pais: é respeito e carinho.
Para teu esposo: é renúncia e bondade.
Para tua companheira: é proteção e ternura.
Para teus filhos: é auxilio e entendimento.
Para teus irmãos: é concurso fraterno em todos os
instantes.
Para o teu parente transviado: é socorro e cooperação.
Para o teu superior: é reverência e boa vontade.
Para o teu subalterno: é ajuda e orientação.
Para os associados de ideal ou de crença: é
solidariedade.
Para o visitante que cultiva a maledicência: é
tolerância e esclarecimento sem alarde.
Para quem te insulta: é o silêncio.
Para quem te persegue: é a oração.
Para quem te calunia: é o esquecimento.
Para quem não te compreende: é amparo maior.
Para quem te despreza: é a compaixão que não se queixa.
Para quem te fere: é o perdão incondicional.
Para teu amigo: é a sinceridade sem afetação.
Para teu adversário: é a generosidade sem limites.
Não olvides que a oportunidade de trabalhar é a maior
caridade que nós mesmos estamos recebendo do Senhor e,
desse modo procuremos ajudar a todos os que nos cercam,
facilitando-lhes a tarefa individual.
Não aguardes uma torrente de ouro para exercitar a
divina virtude. Encetemos o sublime trabalho, espalhando
a boa palavra e a gentileza fraterna, com aqueles que
nos rodeiam de perto. Ninguém auxiliará aos irmãos de
longe, sem devotar-se ao soerguimento dos mais próximos.
Lembra-te, pois, daqueles que o Senhor te confiou na
luta de cada dia e comecemos a plantação do amor imortal
desde hoje.
Do livro Marcas do Caminho, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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