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por Jorge Hessen

 

Se há o direito da mulher sobre o seu próprio corpo, há o direito do bebê sobre seu ventre


Uma tendência observada por ativistas pró-vida junto aos estudantes universitários estadunidenses, “é a crescente aceitação do ‘aborto pós-nascimento’, ou seja, matar a criança depois de seu nascimento, afirmam líderes ‘pró-vida’ ao ‘The Fix College’. Os campos onde ativistas locais e membros da equipe dos ‘Criados Iguais’ encontraram estudantes com esta opinião incluem Purdue, da Universidade de Minnesota e a Universidade Central da Flórida”. [1]

Ao comentar sobre o assombrador crime de infanticídio ou aborto sempre esbarraremos com histórias monstruosas, abomináveis e desonrosas. Gerald Warner, no Scotland on Sunday, assegura que "o lugar mais perigoso do mundo para uma criança na Escócia é o útero da mãe. Há 10 anos, a mortalidade infantil levou 218 crianças escocesas à morte. Porém o aborto ceifou a vida de 12.826 crianças". [2]

Os defensores da legalização do aborto evocam as péssimas condições em que são realizados os procedimentos nas “clínicas clandestinas”. Porém, em que pese o argumento, não nos enganemos, imaginando que o aborto oficial irá resolver a questão do assassinato das crianças no útero; ao contrário, o aumentará bastante!

O macabro cenário será muito pior, continuará a ser praticado na surdina, e não controlado, pois a clandestinidade é cúmplice do anonimato e não exige explicações das mulheres que esconderão da sociedade o infeliz delito do aborto praticado.

Com exceção da gestação que coloque em risco a vida da gestante, quaisquer outras justificativas são inadmissíveis para uma mulher decidir pelo aborto. Se compreendesse as implicações sinistras que estão reservadas para ela, certamente refletiria milhões de vezes antes de extinguir um ser indefeso do próprio ventre.

Chico Xavier ressalta: "os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os ginecologistas que o favorecem, vêm a sofrer os resultados da crueldade que praticam". [3] Se os tribunais do mundo não condenam, em sua maioria, a prática do aborto, as Leis Divinas, por seu turno, atuam inflexivelmente sobre os que alucinadamente o provocam.

Fixam essas leis no tribunal das próprias consciências culpadas tenebrosos processos de resgate que podem conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais tarde.

Os entranhados defensores dessa prática defendem o direito da mulher sobre o seu próprio corpo, como argumento para a descriminalização do aborto. Contudo, para os preceitos espíritas, o corpo do embrião não é o da mulher, visto que ela abriga, durante a gravidez, um outro corpo que não é, de forma alguma, a extensão do seu.

O nascituro não é um objeto qualquer semelhante à máquina de carne, que pode ser desligada de acordo com interesses circunstanciais, porém, um ser humano com direito à proteção, no lugar mais fantástico e sublime que Deus criou: o templo da vida, ou seja, o útero materno.

Evidente que não lançamos os anátemas da condenação impiedosa àquelas que estão intricadas consciencialmente da prática do aborto, até para que não caiam na vala profunda da desesperança.

Preciso é, também, saber que a lei de causa e efeito não é uma estrada de mão única. É uma lei que admite reparações, que oferece oportunidades ilimitadas para todos. Expressamos, portanto, nestas reflexões, algumas opiniões para auxiliar o despertar da consciência das autoras do aborto com a luz do esclarecimento, para que enxerguem mais adiante a opção do Trabalho e do Amor, sobretudo nas adoções de filhos rejeitados que atualmente amontoam nos orfanatos. “É que possam expiar seus enganos! [5] Errar é aprender, destarte, ao invés de se fixarem no remorso ineficaz, precisam aproveitar a experiência como uma boa oportunidade para discernimento futuro.

 

Referências bibliográficas:

1  Disponível em clique neste website acesso  22/05/2020.

2  Disponível em clique aqui-2 acesso 12/04/2020.

3  XAVIER, Francisco Cândido. Leis de Amor, ditado pelo Espírito Emmanuel, SP: Ed FEESP, 1963.

4  PERALVA, Martins. O Pensamento de Emmanuel. Cap. I. Rio de Janeiro: Editora FEB, 1978.

5  DE LIMA, Cleunice Orlandi. A Quem Já Abortou - artigo - disponível em clique aqui-3 acesso 10/06/2020.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita