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por Yé Gonçalves

 

O próximo mais próximo


Já vi e ouvi muitos palestrantes e autoridades religiosas afirmarem, em seus ensinamentos, que devemos aprender a amar o próximo mais próximo.

Se mergulharmos bem nessa reflexão, chegaremos à conclusão de que o próximo mais próximo de mim sou eu mesmo; que o próximo mais próximo de você é você mesmo, ou você mesma.

Está aí a lógica do mandamento de Jesus: (...) amar o próximo como a si mesmo. (Mateus, capítulo 22, versículo 39.)

Se eu aprender a amar o próximo de mim mesmo, que sou eu mesmo, logo estarei habilitado a amar as pessoas com as quais me relaciono no dia a dia e aquelas que encontro ocasionalmente.

A questão é estarmos bem resolvidos intimamente. Ou seja: em paz na intimidade, com a consciência tranquila, sabendo lidar com a autoconvivência e sempre nos perguntando e nos questionando, diariamente, se não faltamos a algum dever com o próximo e se ninguém tem o que se queixar de nós. (Vide resposta de Santo Agostinho à questão 919-a, de O Livro dos Espíritos.)

Considerando que o outro é o reflexo de nós mesmos, logo saberemos e estaremos prontos a fazer ao outro somente aquilo que gostaríamos que o outro nos fizesse (Mateus, capítulo 7, versículo 12; e Lucas, capítulo 6, versículo 31); pois, com certeza, nós nos veremos e nos identificaremos no outro, que passa a ser, também, o próximo mais próximo de nós.

Dessa forma, suavizaremos os atritos da convivência, que não são poucos, e prosseguiremos juntos em busca da felicidade que nos é possível aqui na Terra, conforme ensinamentos contidos nas questões de 920 a 933 de O Livro dos Espíritos.

 

P.S.:

A título de exemplo e de ilustração ao tema exposto, sugiro a leitura da Parábola do Bom Samaritano (Lucas, 10:25-37; Mateus, 22:34-40; Marcos, 12:28-34).


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita