A
Bioquímica
prova a
lei de
causa e
efeito
A estrutura do DNA é a resultante daquilo que nosso
Espírito determina para si
“A cada um será dado segundo as suas obras.” - Jesus.
(Mt., 16:27.)
Existe um livro - hoje raro - que não consta dos
catálogos das distribuidoras de livros espíritas, de
autoria de C. Torres Pastorino, intitulado: “Técnica
da mediunidade”, editado pela Sabedoria Livraria
Editora Ltda. no ano de 1970, constituído por um ensaio
do qual muitos tópicos foram publicados pela Revista
Sabedoria, contendo farta ilustração.
Apesar de sua linguagem científica e escorreita, vez que
o autor era detentor de vasta cultura geral, é um livro
de leitura agradável, acessível, apreciável e
instrutiva.
Vamos extratar algo de
seu conteúdo, para deleite e instrução de todos nós, e
em especial para os trabalhadores da área da mediunidade
com Jesus. Observemos como o autor consegue mostrar com
muita propriedade a ciência moderna, ratificando os
postulados legados por Jesus, ora confirmados pela
Doutrina Espírita, no que se refere à Lei de Ação e
Reação: “após
alguns milênios de conhecimento da Lei de Causa e
Efeito, quer por meio das revelações espirituais, quer
pelas filosofias, sobretudo orientais, chegou a vez da
comprovação científico-experimental dessa Lei...
Em estudos e pesquisas
laboratoriais de bioquímica, os biólogos descobriram que
dentro do núcleo ultramicroscópico da célula, existe o
DNA. Trata-se de um ácido de açúcar desoxidado, em cuja
composição são encontrados: fósforo sob a forma de ácido
fosfórico (H3 PO4); açúcar sob
forma de desoxirribose; e quatro bases de nitrogênio:
adenina, guanina, citosina e timina. Essas bases de
nitrogênio são, precisamente, a quota de ‘prana’ que
alimenta cada célula, pois do nitrogênio formam-se os
aminoácidos, que são os blocos construtivos das
proteínas.
Segundo James D. Watson e Francis Crick, o DNA (ácido
desoxirribonucleico) do inglês (Deoxyribosenucleic
Acid), é constituído por dois cordões (duas cadeias de
polinucleotídeos) entrelaçados entre si, formando dupla
hélice, possuindo dez nucleotídeos em ambas as cadeias
em cada volta da espiral. As cadeias são helicoidais
para a direita, mas têm direção oposta, isto é, são
antiparalelas. Entre os dois cordões, há travessas
ligando-os a intervalos regulares, assim como degraus de
uma escada de caracol. Tais cordões e travessas que
permanecem comprimidos e enroscados dentro do núcleo, só
são percebidos por microscópios eletrônicos
poderosíssimos com capacidade de aumentar a imagem mais
de 300.000 vezes.
Os cordões se complementam mutuamente, e é interessante
observar que a sucessão de bases numa cadeia rege a
sucessão oposta. Essa disposição pode ter aplicação
genética. Pouco se sabe a respeito da sequência dos
nucleotídeos, na estrutura primária do DNA, exceto que
ela não depende do acaso. Lógico que nada sendo casual,
muito menos o seria o princípio determinante da vida de
uma criatura, o módulo pelo qual são regidos todos os
esquemas físicos de um corpo que vai servir de veículo a
um Espírito eterno; toda a programação das atitudes, das
qualidades, dos defeitos; todas as determinantes da
saúde e das enfermidades genéticas (mesmo que só se
manifestem muitos anos depois do nascimento); das
perfeições e das deficiências; todas as ocorrências
somáticas e sua periodicidade e respectivas
consequências.
A estrutura do DNA não depende mesmo do acaso, nem mesmo
dos genitores: é a resultante daquilo que nosso
Espírito determina para si mesmo, automaticamente,
por sintonia vibratória própria, influindo na
constituição interna do cérebro de cada célula, para que
ela reproduza o melhor modelo e o mais perfeito esquema
que sirva para a caminhada evolutiva desse EU que,
durante predeterminada temporada, vai empreender uma
viagem de instrução, aprendizado e experiências, no
plano mais denso da matéria. O DNA traça o roteiro ‘turístico’ dessa
viagem evolutiva naquele período, e concomitantemente
vai marcando as paradas nos portos das dores e nas
festas nas cidadelas das alegrias...
A determinação do módulo é paulatina e gradativamente
construída durante uma vida, pela gravação nesse
cérebro-relógio celular de nossos atos, palavras e,
sobretudo de todos os nossos pensamentos e desejos,
desde que tenham força, intensidade, constância e
capacidade para moldá-las. Nesse DNA vamos, diariamente,
numa vida, gravando o que nos ocorrerá na vida seguinte:
é a construção lenta, mas segura, de um carma infalível
e inevitável. Não depende do acaso e sim da árvore que
nascerá, da plantação que formos realizando ao longo de
nossa vida...
O DNA, portanto, tem importância biológica fundamental
nas células animais, vegetais e bacterianas, e em alguns
vírus, como depositário da informação genética.
Em cada zigoto, os genes
constituídos pelo DNA são portadores de um código
cifrado, que constitui a programação básica que preside
a todas as transformações químicas no interior da célula
da qual se origina o corpo humano. É, pois, no zigoto
que o Espírito reencarnante vai gravar o programa de sua
vida inteira. Aí
ele escreve por efeito de sua frequência vibratória e
como consequência do que traz em seu perispírito ou
corpo astral, o código cifrado, que vai presidir a todas
as transformações físicas, químicas, orgânicas,
biológicas de todas as células, no transcorrer de sua
existência terrena”.
Isso nos leva a concluir o seguinte: quando a moderna
Genética Molecular estiver mais desenvolvida, poderá
trazer esclarecimentos precisos e informações claras
acerca da intimidade do organismo somático com
desdobramentos até mesmo para a área metafísica.
Continuemos a seguir o
raciocínio de Pastorino: “(...)
o modelo de Watson e Crick diz que quando uma célula se
divide (mitose) ela transmite suas características, por
meio do código genético, às novas células formadas. Os
bioquímicos tentam decifrar esse código, e chegam a
afirmar que contêm tão numerosas informações num ser
humano que, segundo o D. George W. Beadle, se um
digitador transcrevesse em palavras o código DNA de
apenas uma célula, ocuparia o espaço equivalente
a várias enciclopédias!...
As fitas do DNA guardam o arquivo de incomensurável
número de informações indispensáveis no decurso de uma
vida inteira tal como as fitas magnéticas dos
gravadores, ou as memórias dos computadores: são
instruções, projetos, previsões, com lugar e tempo
demarcados, de tudo o que deve ocorrer ao corpo físico”.
Evidentemente, que “no andar da carruagem” o
nosso livre-arbítrio será sempre o artífice dos moldes
futuros, competindo ao DNA tão somente o registro e a
dinamização do acervo sob sua guarda, que, por sua vez
fomenta nossas alegrias ou tristezas em decorrência do
bom ou mal aproveitamento das oportunidades a todos
oferecidas pela misericórdia de Deus.
Continua Pastorino: “(...)
por tudo isso afirmamos sempre que a célula, com sua
Centelha Divina, possui MENTE. Logicamente não se trata
de um ‘intelecto’ com livre-arbítrio, mas da fita de um
cérebro eletrônico, que depois vai ser colocado na
máquina seguinte (no corpo da seguinte encarnação) para
dar todas as informações no momento preciso de sua
execução. Não falha, e tampouco precisa de temperatura
especial ou de eletricidade para trabalhar.
Cremos que está bastante claro: realmente a ciência
médica, ou melhor, a Bioquímica, descobriu a Lei do
Carma e a sua dinâmica.
Isso faz-nos compreender que tudo o que temos que passar
na vida, já está perfeitamente determinado, não por uma
divindade externa, boa para uns e vingativa para outros,
mas por nós mesmos. Somos nós que, numa vida, plasmamos
a gravação em nosso DNA, e depois somos obrigados a
ouvir-lhe a voz severa e inacessível a rogos e
choradeiras”.
Evidentemente o nosso perispírito atua como absorvente
dessas informações e, em parceria com o DNA, Espírito e
corpo somático colherão compulsoriamente os frutos da
sementeira que livremente tivermos feito.