Chico Xavier teve contato com vários escritores e poetas
ao longo da vida. Vale recordar, nesse sentido, um
encontro especial que ele teve com Agripino Grieco. Para
quem não sabe, lembramos que Grieco foi um conhecido
crítico literário e ensaísta brasileiro, natural de Paraíba
do Sul, onde
nasceu em 15
de outubro de 1888.
Ele faleceria muitos anos depois, no Rio
de Janeiro.
O encontro ocorreu em uma sessão pública na União Espírita
Mineira, em Belo Horizonte, em uma noite de domingo, dia 30 de
julho de 1939. Chico achava-se em visita na casa do professor
Cícero Pereira, quando alguns amigos lhe disseram que Agripino
Grieco estava à sua espera e desejava vê-lo em serviço
psicográfico. Chico os alertou dizendo que não devemos forçar
ninguém a crer nos fenômenos mediúnicos, mas instaram, em nome
da amizade, e ele seguiu para o encontro.
Com surpresa, o Sr. Grieco não se encontrava no recinto. Ele só
chegou depois de vários minutos de espera, acompanhado de alguns
amigos. Grieco ficou ao lado de Chico durante a reunião. O
professor Cícero, muito escrupuloso na defesa de nossa Doutrina,
pediu a ele rubricasse o papel em branco sobre a mesa, para o
caso de se dar autenticidade a qualquer mensagem que,
porventura, fosse recebida. O Sr. Grieco atendeu e, logo depois,
os Espíritos de Humberto de Campos e Augusto dos Anjos tomaram a
mão de Chico e escreveram.
Depois de lidas as mensagens em voz alta para o grande público,
Grieco pronunciou palavras comoventes de muito conforto. Falou
sobre a inspiração e os grandes vultos da Humanidade e outras
palavras de encorajamento ao trabalho de espiritualização, sem
dizer-se espírita. Foi generoso para com o Chico, deu-lhe muita
atenção na referida noite, despediu-se com um abraço e Chico não
mais o viu.
Do livro No mundo de Chico Xavier, de
Elias Barbosa.
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