Religião e ideologia não são da lei da
selva
O maior
dos Mestres disse que devemos ser quentes ou frios,
pois, mornos, Ele nos vomitaria. Já Buda ensinou que
devemos seguir o caminho do meio, do equilíbrio. Parecem
ideias contraditórias, mas não são. Cremos que o
Nazareno usou a palavra morno como sinônima de
preguiçoso.
Sei que meus leitores preferem mais meus escritos sobre
Bíblia e religião aos de ideologia e política. E neles
permanecerei, pois são preferíveis também por mim. Mas,
hoje, ainda faço um misto sobre os dois assuntos, porém,
bem sutis, como devem ser os assuntos de religião e
política, e não como acontece tanto, com fanatismo.
Meu artigo “Nós não podemos viver sem o nosso
semelhante”, publicado em 30/12/2019, foi uma espécie de
precognição ou profecia sobre a gravidade e os problemas
da pandemia do coronavírus que, em breve, iria nos
atingir. Mas não sou profeta (médium).
Essa triste e lamentável pandemia, com tantas vidas
queridas tiradas do nosso convívio, nos deixou claro que
nós precisamos uns dos outros para vivermos. Quanto é
lamentável estarmos isolados uns dos outros, sem
podermos sequer apertar as mãos dos nossos entes
queridos, parentes e amigos! Quanta falta estão sentindo
os comerciantes de seus fregueses! Com as falências de
proprietários de lojas, quanta falta lhes faz a
convivência com seus fregueses, mesmo que sejam
estranhos e compradores pela primeira vez! Alguns até
choram em público perante as câmaras de TV, lamentando
essa drástica situação!
Em religião e ideologia, precisamos mesmo ser
equilibrados. Religião exclusivista, aquela que exclui
como verdades as outras, provocando conflitos, é melhor
ficarmos sem religião, bastando somente crer em Deus.
Sim, a religião tem que ser inclusivista, ou seja, a que
valoriza também todas as outras.
Sobre a ideologia, a pandemia nos mostrou que os
empresários, além de precisarem dos seus funcionários,
precisam também dos clientes. E os funcionários,
igualmente, precisam dos seus patrões. Portanto, patrões
e empregados têm que estar de mãos dadas, com os dois
lados desejando colaborar, mutuamente, um com o outro e,
não, como se diz, com um querendo furar os olhos do
outro. Muitos empresários que fecharam as portas de suas
empresas estão abalados, principalmente porque seus
funcionários perderam seus empregos. Mas,
lamentavelmente, uma minoria, ainda iludida com o
sofisma da filosofia marxista, vencida, da luta de
classes, tenta, em vão, ressuscitá-la no Brasil.
É com o espírito de amizade e fraternidade cristã entre
patrões e empregados e entre os adeptos de todas as
religiões que temos que conviver uns com os outros, e
não com um espírito de conflito, como se tratasse de
lutas de vida e de morte, da lei das selvas!
|