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por José Reis Chaves

 

Religião e ideologia não são da lei da selva

O maior dos Mestres disse que devemos ser quentes ou frios, pois, mornos, Ele nos vomitaria. Já Buda ensinou que devemos seguir o caminho do meio, do equilíbrio. Parecem ideias contraditórias, mas não são. Cremos que o Nazareno usou a palavra morno como sinônima de preguiçoso.

Sei que meus leitores preferem mais meus escritos sobre Bíblia e religião aos de ideologia e política. E neles permanecerei, pois são preferíveis também por mim. Mas, hoje, ainda faço um misto sobre os dois assuntos, porém, bem sutis, como devem ser os assuntos de religião e política, e não como acontece tanto, com fanatismo.

Meu artigo “Nós não podemos viver sem o nosso semelhante”, publicado em 30/12/2019, foi uma espécie de precognição ou profecia sobre a gravidade e os problemas da pandemia do coronavírus que, em breve, iria nos atingir. Mas não sou profeta (médium).

Essa triste e lamentável pandemia, com tantas vidas queridas tiradas do nosso convívio, nos deixou claro que nós precisamos uns dos outros para vivermos. Quanto é lamentável estarmos isolados uns dos outros, sem podermos sequer apertar as mãos dos nossos entes queridos, parentes e amigos! Quanta falta estão sentindo os comerciantes de seus fregueses! Com as falências de proprietários de lojas, quanta falta lhes faz a convivência com seus fregueses, mesmo que sejam estranhos e compradores pela primeira vez! Alguns até choram em público perante as câmaras de TV, lamentando essa drástica situação!

Em religião e ideologia, precisamos mesmo ser equilibrados. Religião exclusivista, aquela que exclui como verdades as outras, provocando conflitos, é melhor ficarmos sem religião, bastando somente crer em Deus. Sim, a religião tem que ser inclusivista, ou seja, a que valoriza também todas as outras.

Sobre a ideologia, a pandemia nos mostrou que os empresários, além de precisarem dos seus funcionários, precisam também dos clientes. E os funcionários, igualmente, precisam dos seus patrões. Portanto, patrões e empregados têm que estar de mãos dadas, com os dois lados desejando colaborar, mutuamente, um com o outro e, não, como se diz, com um querendo furar os olhos do outro. Muitos empresários que fecharam as portas de suas empresas estão abalados, principalmente porque seus funcionários perderam seus empregos. Mas, lamentavelmente, uma minoria, ainda iludida com o sofisma da filosofia marxista, vencida, da luta de classes, tenta, em vão, ressuscitá-la no Brasil.

É com o espírito de amizade e fraternidade cristã entre patrões e empregados e entre os adeptos de todas as religiões que temos que conviver uns com os outros, e não com um espírito de conflito, como se tratasse de lutas de vida e de morte, da lei das selvas! 


 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita