Fé
A
caridade
é
impossível
sem a fé
“(...)
Fé
inabalável
só o é a
que pode
olhar
frente a
frente a
razão,
em todas
as
épocas
da
humanidade.”
- Allan
Kardec
Afirma
Joanna
de
Ângelis
que ter
fé é um
ato de
coragem
porque o
ato de
crer
implica
–
inevitavelmente
– o
dever de
transformar-se,
abdicando
dos
velhos
hábitos
para
impor-se
disposições
impostergáveis
na
tarefa
de
edificação
interior.
A fé
religiosa
é o mais
terrível
adversário
da
inércia,
da
pasmaceira,
da
negação,
da
indiferença
e da
prosaica
atitude
de
observador
contumaz,
porque
induz,
quem a
agasalha,
para uma
dinâmica
relevante
que
conduz à
vera
felicidade.
Conclama-nos
a
abençoada
Mentora
de
Divaldo
Franco a
revestirmo-nos
da
necessária
valentia
para a
eliminação
do “homem-velho”,
mediante
a
própria
melhoria
e, ao
mesmo
tempo em
que
ressarcimos
dívidas
remotas
e
próximas,
contribuiremos
para o
mundo
melhor
do
futuro.
Atentemos,
pois,
nas
seguintes
palavras
dessa
nobre
Mentora: “(...)
A fé nos
faz
imperioso
convite
cuja
aceitação
não
podemos
postergar.
Temos de
cerrar
fileiras
com as
falanges
dos que
creem e
lutam,
dos que
amam e
servem,
dos que,
morrendo,
nascem
para a
vida
verdadeira
e
ditosa.
(...)
Além de
libertar-te
das
fúteis
querelas
e
exibições
que
ocorrem
no
picadeiro
do corpo
físico,
a fé te
concederá
visão
reconfortante
e
plenitude
em todos
os teus
dias.
Valoroso,
mantém-te
confiante
nos
postulados
evangélicos
e
permite-te,
sem
titubeios,
a fé,
com a
resolução
de quem
está
disposto
a
pelejar
infatigável
até a
vitória
final
com
Jesus”.
A
Doutrina
Espírita
ensina-nos
a ter a
fé
raciocinada, e,
assim,
consequentemente,
vamos
crer,
porque
entendemos.
Causa-nos
admiração
a
magnitude
da fé
dos
primeiros
cristãos
que, na
poética
linguagem
de “O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo”, revela
que “ébrios
de amor
desciam
ao circo
para
serem
devorados
pelas
feras
famélicas”.
Até o
próprio
Cristo
maravilhara-Se
com os
testemunhos
da fé,
conforme
vemos
nas
narrativas
de
Mateus,
capítulo
cinco,
versículos
cinco a
treze,
quando o
Centurião
de
Cafarnaum
falou: “(...)
Dize uma
palavra
e o meu
criado
ficará
são”. Afirmou
o Meigo
Rabi
nessa
ocasião
que “nem
mesmo em
Israel
encontrara
tamanha
fé”.
Ora,
Israel
era o
símbolo
do povo
escolhido,
que
acreditava
no Deus
único,
portanto,
a fé ali
era para
estadear-se
com
exuberância,
porém,
foi o
Centurião,
representante
do
orgulho
de Roma
que deu
a mais
excelente
e
irrefragável
demonstração
de fé
verdadeira.
Seu
raciocínio
era
lógico: “eu
tenho
autoridade
e
soldados
às
minhas
ordens;
e digo a
este:
vai, e
ele vai;
e a
outro:
vem, e
ele vem;
e ao meu
criado:
faze
isto, e
ele o
faz”. E
dentro
deste
raciocínio,
ele
sabia
que
Jesus
tinha
autoridade
muito
maior
que a
sua,
portanto,
bastaria
que Ele
ordenasse,
que
pronunciasse
uma
palavra
e o
criado
se veria
livre da
doença.
Vemos
assim o
que é a
fé
raciocinada
e ao
mesmo
tempo o
sentimento
de
humildade
daquele
Centurião
em
admitir
um poder
acima de
sua
autoridade,
acima
mesmo do
poder de
Roma...
Ele
reconhecia
a
autoridade
de
Jesus,
autoridade
toda
moral,
que é a
verdadeira;
e
humildemente
chegou-se
a Ele
rogando-Lhe
pelo
criado.
A
personalidade
desse
Centurião
é
fascinante:
ao mesmo
tempo
que
detinha
o poder,
humildemente
reconhecia
o poder
maior.
Seu
coração
era
generoso,
pois não
foi
pedir
para um
parente
e sim
para o
seu
servo.
São
belíssimas
e
significativas
as
lições
que
podemos
extrair
desse
singular
encontro
entre o
Centurião
e
Jesus!...
Normalmente,
as
criaturas
detentoras
de
autoridade
são
orgulhosas,
vaidosas,
plenas
de
empáfia
tipicamente
farisaica.
O
Centurião
é o
exemplo
no qual
todos
devemos
nos
espelhar.
Era o
protótipo
do
equilíbrio
que
devemos
ter
quando
estivermos
investidos
de
autoridade
e o
exemplo
da
bondade
que
devemos
ter para
com
todos
indistintamente.
Onde
estará
hoje em
dia
aquele
Centurião?
Se há
dois mil
anos já
era
bondoso
e
possuía
a fé
raciocinada
sedimentada
em seu
coração,
mesclada
com a
humildade,
provavelmente
hoje já
se
encontrará
em uma
daquelas
moradas
felizes
que o
Pai
Celestial
reservou
para
todos
nós que
ainda
hoje nos
encontramos
degredados
na
Terra.
Um
Espírito
protetor
afirmou
que “a
caridade
é
impossível
sem a
fé... Na
verdade,
impulsos
generosos
se nos
depararão
mesmo
entre os
que
nenhuma
religião
têm;
porém,
essa
caridade
austera,
que só
com
abnegação
se
pratica,
com um
constante
sacrifício
de todo
interesse
egoístico,
somente
a fé
pode
inspirá-la,
porquanto
só ela
dá se
possa
carregar
com
coragem
e
perseverança
a cruz
da vida
terrena”.
O meio
mais
seguro e
eficaz
de
sobrepormo-nos
ao “homem-velho”,
de
vencermos
nossas
limitações
e
enfrentar
com
coragem
as
vicissitudes
da vida
será
sempre
aquele
que for
inspirado
pela
Caridade
e
sustentado
pela fé
raciocinada. |