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por Nilton Moreira

 

Setembro amarelo


Quando ainda estamos no Plano Espiritual preparando a nossa vinda à carne, temos uma visão ampla do que vamos enfrentar aqui. Somos ajudados por vários Espíritos amigos, muitos pertencentes à parentela espiritual e que torcem para que tudo dê certo conosco.

O local onde vamos nascer e os pais que teremos são situações já programadas. Também está no contexto nossa aparência física que pode ser bela ou feia, bem como deficiência de algum de nossos órgãos ou sentidos.

O espírito que somos sabe que enfrentará problemas que podem ser até graves, e, embora tenha coragem para nascer, não sabe se vai obter êxito, mesmo sabendo que receberá ajuda durante a vida.

É da Misericórdia Divina o esquecimento do passado por ocasião do nascimento, isso para possibilitar que ao reencontrar-se com algum desafeto de vidas anteriores possa o reencarnante efetuar o resgate das faltas sem eclodir rancor.

Acontece que muitos de nós ao longo da vida arrumamos problemas os quais não estavam dentro do programado, e o fardo então fica pesado demais, vindo as angústias, os desânimos da vida, as depressões e principalmente a melancolia, que é a vontade que o Espírito sente de abandonar o corpo para voltar à Pátria Espiritual de onde veio.

A melancolia ao ser enfrentada se desfaz, e a vontade de continuar a luta continua, pois que o espírito que habita nosso corpo se conscientiza de que de nada vale querer retornar antes do tempo, isto é, antes de cumprir os objetivos pelos quais aqui veio realizar.

Mas muitas vezes esta melancolia, unida à falta de fé, a depressões profundas e ingestão de medicamentos faixa preta misturados a álcool, causa uma confusão mental, e acabam as pessoas enveredando para pensamentos de dar cabo à vida, acreditando que assim estará tudo resolvido, pois que, perdendo a fé, que é o mais importante, não vislumbra nada além da vida.

O suicídio é o maior dos crimes que podemos cometer, pois interrompemos a nossa trajetória aqui na Terra, gerando um débito maior, pois, além de não concluirmos o que efetivamente nos comprometemos a fazer antes de nascer, quando no Plano Espiritual, cometemos uma grave transgressão ao nosso corpo orgânico.

Vemos todos os dias pessoas nascendo com os mais diversos defeitos físicos, e encontramos na literatura as explicações devidas, cujas consequências muitas se originaram em suicídios pretéritos.

Certamente o suicida de hoje vai enfrentar muita angústia numa próxima vida e terá ainda que resgatar os débitos que não concluiu. Deus nos criou para sermos vencedores. Ninguém vem à Terra para apenas sofrer, e não está em nossa programação de vida a interrupção desta.

Lutemos pela vida. Sempre haverá uma saída. Ninguém sofre por acaso. Ninguém está abandonado aqui na Terra.  


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita