Na luz do Evangelho
O Evangelho de Jesus é por demais conhecido de
todos. Em verso e prosa vertem odes que iluminam
os dias e afagam as frontes ensimesmadas pelas
lutas do cotidiano.
Por que escrever, então, mais alguma coisa sobre
o Evangelho? Essa pergunta nos ocupa em quase
tudo que escrevemos ao longo do tempo. As
respostas mudam à medida em que mudam as
necessidades, por isso tomamos a liberdade de
trazer também o Evangelho, em “candeia
progressiva”. À medida em que nos iluminamos com
as luzes do Evangelho, a Candeia avança para o
Alto, projetando os ensinamentos de Jesus à Luz
da Doutrina Espírita.
A iluminação interior, proporcionada pela Luz do
Evangelho, serve para enxergarmos em nós mesmos
a grandeza da Vida germinando nos recantos da
alma. O orgulho, que muitas vezes impede de
enxergar o próprio valor, cede espaço para a
simplicidade genuína, daqueles que sabem de suas
limitações, mas nem por isso deixarão de
combater o bom combate na vida que nos foi
legada pelo Pai.
Se a cada reencarnação o ser humano trabalha as
potencialidades da alma, há muito mais espaço
para o crescimento do que para a lamentação.
Erros do passado tornam-se cascalhos na estrada
sinuosa que temos pela frente.
Jesus, em João (cap.9, v. 4), nos convida a
caminharmos pela estrada da Vida, “enquanto é
dia”, porque a “noite vem, quando ninguém pode
trabalhar”. Se o dia, simboliza luz, encontramos
alimento para a alma quando enxergamos mais
longe, vencendo o imediatismo das lutas
transitórias que ocupam a maior parte do tempo.
A “noite” é momento de reflexão e recolhimento.
Momento em que somos convidados a repassar as
experiências do dia, fortalecendo compreensão e
entendimento sobre as potencialidades de nossa
alma – valores, princípios, desejos e vontades.
Assim sendo, nossas singelas reflexões apenas
reforçam o que nos invade a alma, quando, em
meio aos enfrentamentos do dia a dia,
conseguimos enxergar beleza,
luz e amor em todas as manifestações da vida
pulsante, conclamando-nos a despir-nos de
preconceitos, arroubos de vaidades e invejas,
para dedicarmos um pouco mais a compreender
a luz que recebemos diariamente e que nunca
reclamou de não encontrar morada em nossos
corações. A luz, simplesmente, ilumina.
Que a Luz do Evangelho seja sempre presente no
coração de cada um, hoje e sempre.