Bens da vida
Todos os bens do Universo essencialmente pertencem a
Deus que no-los empresta, — a nós criaturas de Seu
Infinito Amor —, para que venhamos a assimilar com eles
os valores da evolução. Bens que foram estabelecidos
para a segurança de todos. Talentos que se destinam a
engrandecer a vida em todas as direções.
Toda vez, portanto, em que nos apropriamos indebitamente
do supérfluo, abraçando as sugestões do abuso e da
violência, geramos perturbações e desastres que carreiam
consigo o jugo asfixiante da provação.
Vejamos quanto ameaçaríamos a estabilidade e o valor dos
bens inabordáveis ao nosso controle humano.
Se o ar puro fosse submetido a racionamento, decerto não
nos pejaríamos de confiar as regiões menos simpáticas ao
nosso modo de ser à sufocação e à esterilidade; se
governássemos o curso livre das águas,
indiscutivelmente, estenderíamos o deserto; e se a luz
solar estivesse mantida sob o nosso arbítrio imperfeito,
ampliaríamos demasiadamente qualquer desequilíbrio
ecológico.
Não olvides que o próprio sangue em teu corpo, se não
circula em plenitude de harmonia, converte-se, de
improviso, em fator de perturbação e doença.
Aprende a dar do que tens e reténs para que te faças
apoio às bênçãos de Deus no mundo.
Não apenas a cobiça de recursos amoedados torna o homem
indigno do progresso, mas também a sovinice da virtude
gera os tormentos da penúria moral, tanto quanto a
avareza da inteligência cria os monstros da ignorância.
Hoje, amanhã e sempre, não te esqueças de honrar a vida
distribuindo sabiamente os bens com que a vida te honra,
porque somente trabalhando e aprendendo, servindo e
auxiliando sem descansar, é que encontraremos em nós
mesmos o luminoso trilho de acesso à União com Deus.
Do livro Linha 200, psicografado pelo
médium Francisco Cândido Xavier.
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