Os
exemplos de Maria e
Isabel
Em certa fase da
História religiosa
existia uma mulher de
nome Isabel, que era
estéril e, tanto ela
como seu esposo Zacarias
eram avançados em
idade.
Ambos viviam elevando
ardentes preces a Deus
para lhes conceder a
graça de terem um filho,
pois, no seio daquele
povo, era estranho a
família não ter um
filho.
Tanto Isabel como
Zacarias se sentiam
diminuídos perante a
população, por isso
consideravam que a vinda
de um filho seria um
autêntico presente
dos Céus.
Entretanto, Deus ouviu a
prece do casal e
enviou-lhes um Espírito
de elevada categoria a
fim de dar-lhes a
notícia de que seriam
pais. Informou que o
nome do menino seria João.
Zacarias, considerando a
sua avançada idade,
duvidou das palavras
daquele emissário dos
Céus, e este fez com que
ele ficasse mudo até que
a promessa se
consumasse.
Maria de Nazaré, a
futura mãe de Jesus,
tomando conhecimento do
que sucedia com Isabel,
de quem era parente
(eram primas), foi
visitá-la numa cidade de
Judá, situada nas
montanhas. Ali chegando,
Isabel se exultou e
disse que a presença de
Maria fez com que o seu
filhinho lhe saltasse no
ventre e, possivelmente
mediunizada, afirmou que
Deus lhe dera o
privilégio de ser
visitada pela "Mãe do
Senhor", pois lhe fora
dado saber que Maria
seria a mãe de Jesus
Cristo.
Isabel concebeu e, ao
levarem o menino para
ser circuncidado, os
presentes desejavam
pôr-lhe o nome de
Zacarias ou o de alguns
de seus parentes. Maria
insistiu no nome João. Zacarias,
exaltando-se, tomou de
uma tabuinha de escrever
e escreveu: seu nome
será João, o que
então foi concretizado.
João, quando cresceu,
tornou-se o João
Batista, que batizava
com água nas margens do
Rio Jordão, e que
mereceu de Jesus a
frase: "Dos nascidos de
mulher, João Batista é o
maior, mas no Reino dos
Céus o menor que lá
existe é maior do que
ele".
Após prolongadas
pregações e esforços de
todos os matizes, João
Batista foi decapitado,
por ordem de Herodes e
por sugestão de
Herodíades.
Herodíades, neta de
Herodes - o Grande - e
irmã de Herodes Agripa
I, casou-se com seu
meio-tio paterno Herodes
II (a quem Mateus e
Marcos chamam de Filipe
e parecem identificá-lo
com o tetrarca Herodes
Filipe) e gerou para ele
uma filha, Salomé. Mas
ela abandonou o seu
primeiro marido para
casar-se com outro
meio-tio, Herodes
Antipas. Essa união foi
condenada por João
Batista, que disse a
Antipas: "Não te é
permitido tê-la por
mulher" (Mateus, 14:4).
Furiosa com a acusação
de João Batista,
Herodíades procurava
matar João. Mas Antipas
hesitava permitir, por
causa da popularidade do
profeta. No entanto ela
conseguiu realizar o seu
desejo como resultado de
um incidente na festa de
aniversário de Antipas,
que ficou tão
impressionado com a
dança de Salomé, filha
de Herodíades, que
prometeu dar a ela
qualquer coisa que ela
pedisse. Após consultar
a mãe, Salomé pediu a
cabeça de João Batista.
Antipas cumpriu a
palavra, e ela deu a
prometida cabeça do
profeta à sua mãe.
No livro Boa Nova, ditado
por Humberto de Campos e
psicografado por
Francisco Cândido Xavier
(Editora FEB), capítulo
2, Humberto de Campos
fala sobre um encontro
entre Maria de Nazaré e
Isabel, após a
apresentação de Jesus
aos doutores do Templo
de Jerusalém.
Isabel observou o
comportamento de João,
ao que Maria lhe
respondeu: "Essas
crianças, a meu ver,
trazem para a Humanidade
um caminho novo".
João Batista, como se
sabe, nasceu seis meses
antes do nascimento de
Jesus.