A hora é...
Se estamos realmente empenhados na lavoura do
Espiritismo com Jesus, não olvidemos que a hora é de
trabalho ativo para cada um de nós, na caridade cristã.
Hora em que nos cabe o esquecimento de todo o mal, no
soerguimento da própria individualidade para a Vida
Maior, despreocupando-nos da imperfeição ou da
deficiência dos outros, de modo a crescermos na obra
fraternal do progresso comum, a benefício de nós mesmos.
Não reclamemos orientações novas...
Centralizemos a atenção, em torno dos roteiros que temos
recebido e atendamos às instruções que descansam,
indefinidamente em nosso êxtase ou em nosso raciocínio.
Fujamos à pesada concha da personalidade inferior, com
que nos arrastamos, há séculos, no chão escuro dos
hábitos multimilenários que nos são próprios.
Consolemos, ao invés de exigir novas consolações.
Ajudemos, antes de pedir novo auxílio. Compreendamos,
sem esperar que o nosso companheiro seja obrigado a
entender-nos. Amemos, semeando fraternidade e luz, sem a
expectativa de sermos amados pelas criaturas que ainda
não se harmonizam conosco.
Espiritismo é Escola de crescimento mental, de elevação
da alma e de desintegração dos nossos antigos impulsos
de animalidade e primitivismo.
Pratiquemos essa Divina Caridade - a Caridade de nos
renovarmos para o Infinito Bem - a fim de que outros se
inspirem na jornada cristã sobre a contemplação do nosso
esforço.
A hora é de aplicação, de serviço, de solidariedade, de
entendimento e, sobretudo, de boa vontade.
Aproveitando-a, alcançaremos a glória da vida;
esquecendo-a, pela nossa indiferença ou pela nossa
inércia, estejamos convencidos de que seguiremos para a
grande estagnação nas sombras da morte.
Do livro Taça de Luz, pelo médium
Francisco Cândido Xavier.
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