Waldenir Aparecido Cuin entrevistando Carlos Alberto
Baccelli perguntou qual a influência de Chico Xavier no
movimento de assistência social no Espiritismo. Bacceli
lhe respondeu que é muito difícil avaliar a influência
de Chico Xavier no movimento de assistência social no
Espiritismo. Precisaríamos fazer uma pesquisa em todo o
Brasil, porque realmente o Espiritismo em nossa Pátria
se divide em antes de Chico Xavier e depois de Chico
Xavier. As obras assistenciais que foram criadas a
partir de seu trabalho, que nasceram de orientação
recebida por ele, são inúmeras: hospitais, escolas,
albergues, casas espíritas, lares espíritas, orfanatos,
trabalho dos mais variados, visitas aos leprosos, aos
necessitados nas periferias das cidades, as chamadas
peregrinações etc. Esse trabalho assistencial, hoje
enorme, imenso, admirado, aplaudido mesmo pelos que não
são espíritas, começou de forma mais intensa a partir de
Chico Xavier. As mensagens que ele tem recebido
ultimamente, na chamada fase consoladora de sua
mediunidade, mensagens endereçadas aos familiares que
perderam seus filhos, filhos que perderam seus pais, têm
inspirado a criação de dezenas de instituições espíritas
em todo Brasil, porque os pais saem reconfortados,
acreditando na imortalidade da alma, convictos de que a
vida continua e preocupados em fazer o bem ao próximo.
Recordamo-nos da frase de um espírito, escrevendo por
ele certa vez, dizendo à mãe que levava flores quase
todos os dias ao seu túmulo: “Mamãe, o preço de uma rosa
é quanto custa um pão; ao invés da senhora levar uma
rosa aos meus restos mortais, porque eu não estou na
sepultura, compre um pão e dê a uma criança faminta em
meu nome”.
Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino
Nobre.
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