A França vivia o drama da Primeira Guerra, que a despertou de um devaneio que perdurara por mais de 20 anos. A maioria dos franceses buscava apenas o bem-estar, a fortuna, a sensualidade e os prazeres mundanos. Imperava na época uma profunda corrupção, a decadência moral, o personalismo desmesurado, a prostituição, o alcoolismo e escândalos de toda sorte, mostrando ao mundo o retrato de um povo decaído e uma nação condenada a desaparecer. A disciplina familiar e social, a consciência pública, o sentimento de dever, sem os quais não há um grande povo, estavam em franca decadência. Foi então que sobre ela se abateu a dor, a ruína e a morte, anunciadas com antecedência por numerosas comunicações que previam a invasão e a guerra.
É a partir desse contexto que Léon Denis é inspirado a escrever esta obra, em que faz uma análise dos horrores da guerra e suas consequências no plano espiritual, após ter acompanhado, durante três anos, a intervenção dos Espíritos nos acontecimentos e observado os seus aspectos mais importantes. Sem o socorro do Alto e a legião de Espíritos que apoiaram a nação e seus defensores, estimulando-lhes a coragem e a energia, e despertando o povo de um pesadelo vil, talvez a França tivesse sucumbido. Que lições resulta desse triste episódio em que uma tempestade de ferro e fogo se abateu sobre o país?