Evangelho e mediunidade
Dai de graça o que de graça recebestes.
Jesus
A mediunidade sempre existiu. Passou durante
muito tempo entendida como um dom especial para
algumas pessoas, senão muitas vezes sendo visto
como uma maldição.
Antes do advento do Cristo, a sociedade fazia
uso da mediunidade muitas vezes para obter
proveitos, seja para uso político e tantas
outras situações. Mesmo na atualidade, ainda
vemos essa situação.
No passado, percebemos que as pessoas não
relacionavam a mediunidade com os valores
morais, mesmo nos dias de hoje, a missão ficou
para o Espiritismo mostrar essa necessidade de
mediunidade e moralidade andarem de mãos juntas.
Muitos enxergam na mediunidade uma forma de
ascensão social, obter prestígio entre outras
coisas, o que é contrário ao que Jesus nos pede,
quando diz: “Dai de graça o que de graça
recebestes”.
Com os ensinos de Jesus tudo mudou, pois ele nos
ensinou que todo o nosso trabalho espiritual
precisa estar baseado nas Leis Morais, para que
não possamos cair num processo de obsessão.
Na doutrina espírita nos é ensinado que podemos
ter duas formas para essa atividade de contato
com os Espíritos: com ou sem Jesus. Com Jesus
podemos chamar de Mediunidade e, sem Jesus, de
mediunismo, conforme nos ensina Emanuel.
Uma pergunta constante no ambiente espírita é:
Como se desenvolve a mediunidade? Kardec e todos
os grandes vultos do Espiritismo sempre nos
ensinaram que com o desenvolvimento de nossas
potencialidades morais teremos uma mediunidade
equilibrada, pois, fora disso, vamos ter apenas
o mediunismo.
O animismo, bem como o charlatanismo, vão estar
sempre rondando o medianeiro que não se protege
dentro de uma mudança moral constante, a
vigilância e a da caridade.
A maior ferramenta sem dúvida para a mediunidade
é a humildade, prática da caridade, seguida do
estudo dessas manifestações, conhecer a nós
mesmos para entender as nossas potencialidades.
Evangelho aplicado em nossas vidas é a chave
para uma mediunidade segura, livre do mais sério
problema que pode provocar no médium desatento,
que é o desequilíbrio espiritual a que chamamos
de obsessão.
A história está repleta de exemplo de
mediunidade desequilibrada, que leva o ser a uma
queda profunda, como, também, vamos ver exemplos
de trabalhadores incansáveis do Evangelho.
Lembrando que a mediunidade não figura somente
no trabalhador espírita, pois, padres, pastores,
entre outros que trabalham em prol do Evangelho,
têm uma mediunidade construtiva, mesmo não tendo
muitas vezes consciência que a têm.
Mediunidade e Evangelho andam de mãos dadas;
todas as mediunidades, se não estiverem
resguardadas com o processo de evangelização,
estão fadadas a sérios problemas psicológicos,
bem como espirituais e até mesmo fisiológicos.
A intuição, como mediunidade do futuro, não é
possível se manifestar de forma equilibrada, se
o portador dessa experiência extrassensorial
estiver dominado pelos comportamentos
inadequados, sem amparo moral cristão, dentro
desse nosso pequeno universo.
Nunca esquecer da oração, do pensamento
equilibrado e da ação construtiva.
Devemos então procurar o equilíbrio, pensamentos
elevados, amor, perdão, muito estudo, caridade
com o próximo e, claro, muita vontade de vencer.