Cartas

Ano 14 - N° 694 - 1° de Novembro de 2020

De: Domingos Antero da Silva (Limeira, SP)

Segunda-feira, 26 de outubro de 2020 às 00:12:23

Estamos em um momento das relações sociais em que temos de ter cuidado extremo para não sermos tachados de discriminadores por aquilo que falamos ou escrevemos. Nesse sentido, o texto de Paulo a seguir pode deixar margem para estes debates:

“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” (1 Coríntios 6:9-12)

Como lidar, na atualidade, com este texto de Paulo?

Domingos


Resposta do Editor
:

Embora, no exame de qualquer obra, tenhamos de levar em conta a época e o contexto em que foi escrita, não é possível concordar com a posição discriminatória presente na 1ª Epístola de Paulo aos Coríntios, na qual, além da discriminação feita a inúmeros grupos de pessoas, como os homossexuais, falta a necessária fundamentação doutrinária ou teológica.

Entre o que Paulo escreveu e o que o próprio Cristo afirmou, preferimos, evidentemente, o ensinamento registrado por Mateus no trecho abaixo:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.” (Mateus 7:21-27)

Chamamos a atenção do leitor para os trechos negritados, porque, segundo Jesus, não basta crer, não basta dizer-se cristão, é preciso fazer a vontade do Pai e, obviamente, praticar o que Jesus nos ensinou. 

 

De: Ivonete Conceição (Itaparica, BA)

Terça-feira, 27 de outubro de 2020 às 10:34:09
Para onde vai o fluido vital depois da morte do corpo físico?

Ivonete


Resposta do Editor
:

A primeira informação quanto à questão proposta pela leitora nos veio com a resposta dada pelos imortais à questão no 70 d´O Livro dos Espíritos, na qual se lê que – após a morte dos seres orgânicos – a matéria inerte que os constituía se decompõe e vai formar novos organismos e o princípio vital “volta à massa donde saiu”.

É preciso entender, inicialmente, que fluido vital e princípio vital são expressões equivalentes (cf. Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, de João Teixeira de Paula, vol. III, pág. 75).

Nas demais obras de Kardec pouco, porém, se acrescentou à informação de que com a morte corporal o princípio ou fluido vital “retorna à massa”.

É na obra de André Luiz que encontramos algo mais sobre o assunto, como a leitora pode verificar no livro Obreiros da Vida Eterna, cap. 13, pp. 209 a 212.

Nesse livro André Luiz descreve o trabalho realizado pelo instrutor Jerônimo para a liberação da alma de Dimas. O serviço abarcou três regiões que o instrutor considera fundamentais no processo de liberação do desencarnante: o centro vegetativo, ligado ao ventre, sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, situado no cérebro.

Logo que Jerônimo concluiu a operação sobre a primeira região, uma certa porção de substância leitosa extravasou do umbigo, pairando em torno. Em seguida, depois de operar sobre a região do tórax, nova cota de substância desprendeu-se do corpo. E, na última etapa do processo, finda sua atuação sobre o cérebro de Dimas, uma brilhante chama violeta-dourada desligou-se da região craniana e absorveu, instantaneamente, a vasta porção de substância leitosa já exteriorizada das duas primeiras regiões. Era difícil, segundo André Luiz, fixá-la com rigor porque as forças eram dotadas de movimento plasticizante.

Estaria ele aludindo ao fluido vital que dali se exteriorizara para “voltar à fonte”? Sinceramente, não o sabemos. 

 

De: Sociedade Espírita Fraternidade (Niterói, RJ)

Quarta-feira, 28 de outubro de 2020 às 21:13

Assunto: Homenagem do Exército ao prof. Raul Teixeira

Sr. Diretor:

Pelas obras de educação e sociais prestadas ao longo de sua vida, o professor José Raul Teixeira recebeu nesta data significativa homenagem do Comando Militar do Leste, representado pelo general José Eduardo Pereira, que entregou ao conhecido confrade as Medalhas do Pacificador e Exército Brasileiro. A cerimônia realizou-se no Salão Nobre da instituição.

Saudações.

Direção da SEF


Resposta do Editor
:

Em nome de nossa revista, registramos aqui a nossa satisfação pela justa homenagem prestada ao estimado confrade José Raul Teixeira, a quem parabenizamos e enviamos os nossos cumprimentos.

 

De: Mari F. (Brasília, DF)

Quarta-feira, 28 de outubro de 2020 às 20:14:52

Eu quero entender e decifrar quando é que estou falando com um ser vivo e um desencarnado. Me ajudem, por favor.

Mari


Resposta do Editor
:

Há várias maneiras de sabermos se a pessoa que nos fala já desencarnou, dependendo, evidentemente, do contexto em que o contato ou o fenômeno se dá. Como muitos espíritos ignoram por algum tempo a própria desencarnação, não adianta inquiri-los com o objetivo de dirimir nossas dúvidas.

Nas manifestações visuais, se observarmos bem, poderemos notar o laço perispiritual – o chamado cordão fluídico – presente nos espíritos que ainda estão reencarnados. Nos desencarnados, isso não ocorre.

No contato pessoal com um ser que supomos esteja desencarnado, pode-se observar a facilidade com que ele se desloca e atravessa os obstáculos materiais, exceto nos casos de aparições tangíveis.

Há médiuns videntes que dizem ter demorado algum tempo para poderem fazer com segurança essa distinção, visto que a visão do espírito é, às vezes, tão nítida que o médium pode confundir-se pensando que está diante de uma pessoa viva, ou seja, encarnada.

 

De: Fernando Rosemberg Patrocinio (Uberaba, MG)

Domingo, 25 de outubro de 2020 às 08:48:09

Assunto: O Consolador – edição 693
Caríssimos amigos:

Divulgamos a todos os nossos amigos do ZAP.

Gratíssimo.

Rosemberg

 

De: Editora Correio Fraterno (São Bernardo do Campo, SP)

Quarta-feira, 28 de outubro de 2020 às 08:02

Assunto: Kardec ficou ultrapassado diante de descobertas científicas?

Olá! Bom dia!

A última edição do jornal Correio Fraterno traz uma entrevista imperdível com Silvio Seno Chibeni. Ele é mestre em física, doutor em lógica e filosofia da ciência, com pós-doutoramento na Universidade de Paris VII e professor titular do Departamento de Filosofia da Unicamp.

A Eliana Haddad elaborou uma pauta muito interessante para que ele pudesse falar um pouco sobre o tanto que tem estudado e pesquisado sobre o Espiritismo. E o Silvio realmente surpreende na autoridade de suas respostas, conhecedor da doutrina espírita desde muito novo. Por exemplo: Qual aspecto – ciência, filosofia ou religião – mais importa ao espiritismo? Sempre baseado nas obras de Allan Kardec, ele ajudou a fundar, há cerca de 40 anos, o GEEU – Grupo de Estudos Espíritas da Unicamp, que se reúne semanalmente na Universidade para estudar os textos espíritas. Foi um prazer para nós poder entrevistá-lo. E não poderíamos deixar de compartilhar com você o rico conteúdo de suas reflexões: www.bit.ly

Acompanhe!

Até a próxima,

Izabel Vitusso

Editora Correio Fraterno 

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 27 de outubro de 2020 às 22:39

Assunto: As preces dos nossos irmãos.

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior - website mundo maior - e leia mensagens espíritas como esta divulgada pela equipe do Momento Espírita, que adiante transcrevemos:

Nos dias de tristeza, quando a alma se veste de luto e tudo parece desencanto, buscamos o Senhor da Vida. Nossa rogativa se transforma em lamúrias porque há muita dor em nossa intimidade. E, ainda assim, guardamos reservas para com o irmão que ora ao nosso lado.

Mesmo em meio ao cenário triste da pandemia que arrebata vidas, ao lado de outras tantas enfermidades que, há anos, vem retirando do mundo os seres humanos, alguns de nós olhamos de forma diferenciada os irmãos de outras crenças.

Esquecemos que Jesus nos afirmou que o Pai vê o que se passa em secreto, ou seja, no profundo da criatura, e recebe toda súplica, providenciando o socorro. Os ensinos do Mestre de Nazaré prosseguem a nos esclarecer como O fez para a samaritana, no poço de Jacó.

Naquela época, a discussão era em torno do local em que deveriam ser proferidas as preces a Yaweh. Seriam melhores as que fossem ditas no suntuoso templo de Jerusalém? Seriam essas as ouvidas pelo Pai Celeste? Ou, aquelas pronunciadas no Monte Garizim, mesmo após a destruição do templo ali erguido, seriam ouvidas igualmente?

Qual delas revelaria, enfim, a verdadeira adoração?

Jesus, o Mestre Incondicional, com Seu pensamento universal e atraindo todas as Suas ovelhas para o mesmo redil, pronunciou-se, elucidando:

Está chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Os verdadeiros adoradores, adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, esses são os adoradores que o Pai procura. Deus é Espírito e aqueles que O adoram devem adorá-lO em espírito e verdade.

O ensino era para aqueles dias. Também para os do futuro. Para todos os homens. Deus é um só. Criador. Pai Celeste. Infinitamente amoroso, acolhe as súplicas que lhe dirigem os Seus filhos, residam nas grandes metrópoles ou nas terras áridas.

Realizem as suas rogativas em suntuosos templos ou em plena natureza. Ou em um casebre, à beira da estrada. O verdadeiro altar é o do coração. Por isso, o ensino crístico recomenda, quando orarmos, nos retirarmos para nosso quarto, fecharmos a porta e nos dirigirmos ao Pai em secreto.

Isso quer dizer, mergulharmos em nossa intimidade, cerrar os olhos e ouvidos a tudo que nos possa distrair do propósito de dialogarmos com Aquele que alimenta as aves, levanta as ondas do mar e veste a erva do campo.

Seja a prece esse encontro mais íntimo com Deus. Como fazia o Mestre, que buscava o silêncio para se ligar mais intimamente ao Pai. Servia a todos, horas e horas. Depois, refazia-se, unindo-se em prece Àquele cujo pensamento Ele interpretava na Terra. Para isso, o silêncio. De fora. A tranquilidade de dentro.

Ante o sacrifício que logo mais lhe seria exigido, entregue às mãos dos homens que O temiam, ou não O desejavam entender, Ele ora. E, outra lição de valor, pede aos amigos que estão com Ele, que O acompanhem na prece.

Isso nos diz da importância de, ante as provações que nos alcançam, pedirmos aos nossos amigos que se irmanem conosco na oração em nosso favor. Oração. Hoje, amanhã, sempre. Verdadeira escada de Jacó que une a criatura aos céus.”

Direção do Jornal Mundo Maior

 


 
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O Consolador
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